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6 de Maio de 2024

MPF/SE denuncia seis por fraude a licitação em Gararu

Três são acusados de falsificar documento para participar da licitação

há 14 anos
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Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) por conta de fraude em licitação promovida pelo município de Gararu, localizado no alto sertão sergipano. Os responsáveis pelas empresas BHS Construção Civil e Construtora Itapoã são acusados de falsificarem uma certidão em favor da BHS que foi a ganhadora da licitação.

O procurador da República Paulo Gustavo Guedes Fontes, que assina a ação, explica que o empresário Augusto César Melo de Souza, responsável pela BHS, falsificou o registro da empresa junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). A Controladoria-Geral da União identificou a falsificação, feita a partir de uma montagem da certidão pertencente à empresa Itapoã, representada por Adilson Farias Pardo.

Na denúncia – peça inicial da ação penal –, o procurador destaca que o próprio Adilson reconheceu como sua a rubrica que aparece no documento apresentado pela empresa BHS. Além disso, o documento falsificado só foi juntado ao processo licitatório quase um mês após a finalização deste.

Farsa – Vários outros problemas foram identificados nesta licitação. O processo se início no dia 3 de setembro de 2007, sendo concluído no dia 11 de setembro. Ou seja, foi concluído em pouco mais de uma semana. O procurador Paulo Guedes destaca ainda que sequer foi realizada a reunião de abertura das propostas.

Dois membros da comissão de licitação, Geovar de Melo da Silva e Marcos Ribeiro Leite também estão entre os denunciados. O procurador esclarece que o terceiro membro não foi denunciado porque sequer sabia que fazia parte da comissão. Trata-se de um jardineiro da prefeitura que foi nomeado pelo então prefeito, José Cardoso Matos, para compor a comissão. José Cardoso também responderá ao processo criminal.

O sexto denunciado, Anderson Matias da Silva, representante da empresa G Barros Construções, ao mesmo tempo, elaborou o projeto técnico da obra e participou como concorrente de licitação.

Penas – Por falsificarem documento público, Augusto César e Adilson, caso condenados, podem receber pena de dois a seis anos de reclusão e pagamento de multa. Eles e os demais denunciados podem ser condenados ainda a pena de até 4 anos de reclusão e pagamento de multa por fraudarem a licitação.


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(79) 3301-3874 / 3301-3837 / 9931-6732
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