‘O advogado que não entrar no mundo tecnológico será atropelado’
Instituições apostam em cursos de extensão sobre tecnologia, programação e proteção de dados.
“O advogado que não entrar no mundo tecnológico e não conseguir usar essas ferramentas no dia a dia será atropelado”. A avaliação é do coordenador do Insper Direito, Rodrigo Rebouças. A instituição é uma das faculdades que incluiu cursos de extensão, de média e curta duração, sobre tecnologia, Direito Digital e programação para advogados.
Além do Insper, a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP-SP) e o Damásio Educacional já organizam cursos sobre o tema. Os principais tratam de assuntos como: Direito Digital, proteção de dados, programação, blockchain, Direito das startups, automação, entre outros temas.
A avaliação geral sobre esse outro lado do Direito, nem sempre ensinado na graduação, é que esse tipo de skill não é mais um conhecimento para o futuro, e sim uma realidade do atual mercado de trabalho.
“A questão não é mais discutir se o advogado tem de conhecer ou não a tecnologia, e sim o quanto ele deve conhecer. O profissional não precisa necessariamente saber programar, mas tem de saber ler código fonte, realidades como blockchain, transações comerciais via contrato eletrônico”, explicou Rebouças.
O coordenador diz que o Insper possui três tipos de cursos de extensão com a temática. Um deles é sobre Direito Digital, que busca dar um entendimento inicial sobre tecnologia (contratos eletrônicos, blockchain e o Marco Civil da Internet), sem entrar em temas mais complexos, como programação.