O Excelso Pretório e a “Babel” ao vivo e a cores
Nunca se viu, “ao vivo e a cores”, na história do Supremo, pelo menos nos últimos 20 anos, uma sessão tão quente
A julgar pela sessão desta quarta-feira (21/3) do Supremo Tribunal Federal, o melhor programa vespertino das quartas e quintas na TV passou a ser mesmo o apresentado ao vivo pelo Excelso Pretório. À frente o ministro Gilmar Mendes – que criticou acerbamente a confecção das pautas pela presidente Carmen Lúcia – a sessão virou – como diria o ministro Marco Aurélio – “uma Babel!”.
Gilmar falou como se estivesse não numa sessão plenária, ou numa sessão administrativa. Mas numa “ágora” situada em plena capital da República Federativa do Brasil. Uma “ágora” nada parecida com aquela de Atenas. E muito menos com a “ágora” institucional que é o Parlamento.
Gilmar não se conteve ao proferir o seu voto numa ação em que todos estavam de acordo: a ADI na qual a Ordem dos Advogados do Brasil investiu contra aquele dispositivo da Lei das Eleicoes que permite “doações ocultas” a candidatos.