O pernicioso aparelhamento do Estado em troca de votos
Por estas e outras razões, agora temos um Estado não para servir aos cidadãos como deveria sê-lo, mas, voltado aos interesses mesquinhos de uma minúscula parte da sociedade.
O conluio espúrio entre políticos e este tipo de gente, foi o que transformou o País num enorme balcão de negócios criminosos, a serviço de banqueiros, ruralistas, empreiteiros, líderes sindicais, agiotas, pastores e demais representantes de igrejas, como se o Estado fosse uma empresa privada a serviço apenas de alguns.
As benesses concedidas por políticos a líderes de igrejas com escopo precípuo de angariar votos, criou anomalias como “Bolsonaros”, “Felicianos” e vários outros (alguns inclusive já presos),. Homofóbicos, arrogantes e desprovidos de princípios basilares que norteiam uma Democracia, aproveitam a sua liderança perante analfabetos incultos, para interpretarem textos bíblicos como lhes convém, e distorcendo o verdadeiro teor da escrita vociferam falácias, porquanto sabem que os seus súditos em sua grande maioria, incapazes de uma análise teleológica, seguirão cegamente os seus ensinamentos, e mais do que isso, saem pelo mundo a destilar o veneno injetados por estes irresponsáveis.
Não se trata de uma análise vulgar, mas de uma lógica psicológica, sobretudo quando vemos que a “bancada evangélica”, que a aproximadamente pregava a necessidade de mais “representantes de deus no Congresso”, hoje é expressiva na Câmara, aprovando leis inócuas, pregando a homofobia, fomentando a violência, e adestrando cada vez mais os seus seguidores, os (ir) responsáveis por isso? Basta ler a matéria.