O que aconteceu com a turma de Michel Temer desde o impeachment
Desde que chegou ao poder, em maio de 2016, o presidente Michel Temer contou com o apoio dos mercados e de uma sólida maioria no Congresso, mas sua popularidade nunca decolou e sua gestão não conseguiu se descolar da sombra dos escândalos de corrupção.
Leia um objetivo – mas atualizado – resumo sobre a performance do presidente e 14 de seus amigos mais próximos: dois estão presos, um está em prisão domiciliar e 12 estão enrolados. O “campeão” é Romero Jucá, que responde a 14 inquéritos no STF.
• Michel Temer: alçado à Presidência, foi citado na delação da JBS e denunciado por corrupção. É investigado em mais um inquérito.
• Aloysio Nunes Ferreira: o ministro das Relações Exteriores responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht. Há ainda um inquérito que surgiu como desdobramento da Lava Jato.
• Blairo Maggi: o ministro da Agricultura responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht. Também foi citado na delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa.
• Bruno Araújo: o ministro das Cidades responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
• Eliseu Padilha: o ministro da Casa Civil responde a dois inquéritos no STF com base na delação da Odebrecht.
• Geddel Vieira Lima: ex-ministro da Secretaria de Governo, saiu do governo em novembro do ano passado, após o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero dizer que foi pressionado por ele para liberar licença de um empreendimento, em Salvador (BA). Em julho deste ano foi preso após acusações de ameaçar o doleiro Lúcio Funaro. Está atualmente em prisão domiciliar.
• Eduardo Cunha: o ex-presidente da Câmara está preso em Curitiba desde outubro do ano passado. Já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro.
• Henrique Alves: o ex-ministro do Turismo está preso desde junho deste ano, acusado de receber recursos desviados dos cofres públicos.
• Moreira Franco: o ministro da Secretaria-Geral da Presidência responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
• Gilberto Kassab: o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações responde a dois inquéritos no STF com base na delação da Odebrecht.
• Helder Barbalho: o ministro da Integração Nacional responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
• Marcos Pereira: o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
• Rocha Loures: ex-assessor de Temer e ex-deputado, foi denunciado pela PGR, acusado de ser intermediário da propina paga pela JBS a Temer. Está em prisão domiciliar. Responde a outro inquérito ao lado do ex-chefe.
• Romero Jucá: o senador, presidente do PMDB e ex-ministro do Planejamento, saiu do governo em maio do ano passado após dizer em gravação que era preciso “estancar a sangria”, em referência à Lava-Jato. Responde a 14 inquéritos no STF, tendo sido citado em algumas delações. Na semana passada, a PGR ofereceu três novas denúncias contra ele. Livre e faceiro, falou em “suruba” política.
• Tadeu Filippelli: ex-assessor de Temer foi citado na delação da Andrade Gutierrez e chegou a ficar preso em maio acusado de desvios em licitações no DF, onde já foi vice-governador.