O que esperar da presidência de Dias Toffoli
Ministros veem pouco espaço para decisões pró-Lula num cenário pós-Favreto
A proximidade da posse do ministro Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) fez pipocar na imprensa ruídos sobre a gestão do ministro e sobre seus primeiros passos.
Primeiro, naturalmente, questionou-se se ele colocaria em julgamento logo que chegasse a execução da pena após condenação em segunda instância.
Uma decisão pela reversão da jurisprudência atual da Corte, que permite a antecipação da pena, beneficiaria Lula e o tiraria da cadeia possivelmente antes do primeiro turno das eleições.
Um segundo ponto envolveu a eventual contratação do jornalista Franklin Martins para a secretaria de Comunicação do STF. Dias antes das notas surgirem, Martins esteve na carceragem da Polícia Federal para visitar Lula e, na saída, fez um discurso – divulgado na internet – em prol da liberdade do ex-presidente.
São dois fatos distintos, mas que têm uma mensagem: Toffoli funcionaria como um aliado do PT para viabilizar a candidatura de Lula. O ministro, ciente da imagem a ele associada – justa ou injustamente –, fez movimentos para negar as duas informações.