O vôo “direto” Rio/Orlando que demorou 14 horas e meia
Imprevistos nos ares
Passageiros do voo 8054, da Latam, do Rio a Orlando - incluindo uma família gaúcha - enfrentaram, quarta e quinta-feira (11 e 12) da semana passada, longos momentos de desconforto. Duas horas após a decolagem (já, então 23 h), a aeronave – quando já sobrevoava a Amazônia - teve que retornar a Brasília, para o desembarque de um passageiro que passava mal.
Mais uma hora e meia em solo brasiliense e a viagem recomeçou no madrugadão (3h40).
Uma hora antes do pouso em Orlando, o comandante avisou: “Senhores passageiros, vamos alternar para Miami, porque não pode ser estourado o horário limite de trabalho da tripulação”. Após o compulsório desembarque (10h15), a Latam avisou que levaria todos de ônibus até o destino final. Houve protestos coletivos e a empresa recuou.
Duas horas depois, a viagem seguiu no mesmo avião, mas com outra tripulação.
O voo “direto” (Rio-Orlando) que duraria oito horas e 15 minutos, teve seu pouso no destino afinal apenas às 12h30 (horário local), após consumidas 14 horas e 30 minutos de idas, voltas, meias-voltas, impasses, esperas, retomadas etc.
Não estão computadas as duas horas de chegada antecipada dos passageiros no aeroporto brasileiro de embarque; e, óbvio, cerca de uma hora dos procedimentos de imigração nos EUA... No total, coisa de quase 18 horas. Um estresse total.
Visitas caninas
Ainda sem data pautada, a 4ª Turma do STJ vai decidir, proximamente, sobre a guarda compartilhada de animais. Na espécie, será a primeira decisão de mérito da corte que já rechaçou recursos anteriores por questões exclusivamente processuais.
No novo caso, ex-cônjuges - desunidos agora após o romantismo conjugal - querem, cada um para si, a guarda exclusiva de uma cachorrinha ´yorkshire´, a Kimi de oito anos.
Depois de duas decisões a favor da mulher, o último recurso interposto pelo homem surtiu efeito parcial: três desembargadores decidiram pela guarda compartilhada da irracional - nessas alturas quase racional – cadelinha.
Quinzenalmente, o “pai” está autorizado a passar o fim de semana com a bichinha. Houve até fixação de multa diária de R$ 1 mil, caso a mulher não informasse onde Kimi tinha sido escondida.
Na Justiça paulista (proc. nº 0004663-12.2016.8.26.0008), o caso - que começou em janeiro de 2015 - está cadastrado na espécie “Família - Relações de Parentesco - Regulamentação de Visitas”. O juiz que primeiro manteve a guarda com a mulher referiu que “não há lei em vigor versando sobre a matéria”.
Os ex-cônjuges discutem se as regras aplicáveis à guarda dos filhos podem também ser utilizadas para definição da guarda do animal de estimação.
No STJ o número não é divulgado, por causa do...segredo de justiça.
Mais presas mulheres
Nos últimos 16 anos, multiplicou-se por oito a quantidade de mulheres presas no Brasil. Segundo o Ministério da Justiça, o número de detentas passou de 5.601 em 2000 para 44.721 em 2016.
Com o aumento, a representação feminina na população prisional saltou de 3,2% para 6,8%.
O Brasil tem a quinta maior população de detentas do mundo - a terceira se considerados ambos os sexos. Das 1.422 prisões brasileiras, apenas 107 (7,5%) são exclusivamente femininas e outras 244 (17%) mistas.
Entre as 44,7 mil detidas, 43% são provisórias, à espera de julgamentos definitivos.
Entrada para o vício
Depois da poluta sessão política de quarta-feira passada - o Supremo decidirá amanhã (19) uma causa terrena: a proibição, ou não, de “cigarros com sabor” no Brasil.
A ação é da Confederação Nacional da Indústria contra a Anvisa, que desde 2013 tenta proibir os aditivos. Estes dão “gosto agradável” (?) ao fumo e são a grande porta de entrada de jovens no vício.
O mercado brasileiro tem 50 marcas disponíveis com essa característica.