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4 de Maio de 2024

Operações militares atrasam entrega de reféns das Farc--TV

Publicado por Reuters Brasil
há 15 anos
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Por Patrick Markey

BOGOTÁ (Reuters) - As Farc vão libertar em breve quarto reféns a uma missão humanitária com participação do Brasil, mas operações militares na área complicaram o plano de entrega, disseram um jornalista local e um comandante da guerrilha ao canal Telesur, neste domingo.

A tripulação de um helicóptero brasileiro conduziu uma delegação da Cruz Vermelha e a senadora colombiana Piedad Córdoba para resgatar três policiais e um soldado nas selvas do sul da Colômbia, na primeira de três operações planejadas para esta semana.

"Esta operação está só começando", disse Jorge Botero, um jornalista local viajando com a missão, à emissora Telesur, sediada em Caracas, na Venezuela. "Ela vai ser bem sucedida no final, apesar das dificuldades."

Um comandante local das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chamado Jairo Martínez confirmou à Telesur que a entrega ocorrerá em breve.

As novas libertações alimentaram especulações de que a enfraquecida guerrilha vai soltar mais cativos para ganhar apoio político e restaurar sua imagem combalida. Mas as conversas com o governo parecem distantes, já que nenhum dos lados cede em suas exigências.

Um segundo voo na segunda-feira planeja resgatar um político feito refém há mais de sete anos, e uma terceira operação ainda esta semana vai receber um advogado próximo às florestas que margeiam a costa do Pacífico.

O ministério da Defesa diz que as operações militares serão suspensas nas áreas das entregas.

Outrora um Exército poderoso que ocupava vastas porções da Colômbia, as Farc foram empurradas às montanhas e florestas remotas depois que o presidente Álvaro Uribe enviou tropas para retomar o controle e esmagar a insurgência de quatro décadas.

As Farc sofreram contratempos no ano passado, incluindo as mortes de três de seus comandantes, deserções e o resgate de reféns de grande destaque, como a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, que a guerrilha esperava usar como moeda de troca.

Os rebeldes exigiram que Uribe desmilitarize uma área quase do tamanho da cidade de Nova York para garantir as conversações com o governo a respeito da troca de reféns políticos por membros guerrilha presos. Esse seria o primeiro passo para as negociações de paz.

Receoso por conta dos fracassos em tentativas anteriores de selar acordos com as Farc, Uribe recusa as condições dos rebeldes, dizendo que elas lhes permitiriam se reagrupar e traficar drogas em uma zona crucial, mas ofereceu um local menor sob observação internacional.

(Com reportagem de Luis Jaime Acosta)

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