Oposição apresenta emenda que eleva reajuste para 9,68%
A oposição está apresentando uma emenda que eleva o percentual de reajuste do piso salarial regional dos 6,9%, estipulados pelo governo do Estado, para 9,68%. Até agora, a proposta conta com o apoio do PT, PCdoB e PSB. O PDT deverá se manifestar sobre o assunto no decorrer da semana. “Sem acordo no Colégio de Líderes para aumentar o reajuste, estamos buscando um índice alternativo à esmola oferecida pela governadora aos trabalhadores gaúchos”, declarou o vice-líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, Raul Pont.
Na tribuna, o líder petista rebateu argumentos de que o aumento do piso seria prejudicial à saúde financeira das empresas gaúchas. “Não há a menor base real para sustentar este tipo de argumento. Pelo contrário, a elevação do salário mínimo nacional acima da inflação foi um fator determinante para aquecer a economia brasileira, aumentar o consumo e reativar a atividade econômica afetada pela crise internacional”, apontou.
Previsto para ser votado na próxima semana, o piso regional chegou a ser 28% superior ao salário mínimo quando foi criado. Hoje está apenas R$ 1,29 acima do mínimo nacional. O índice apresentado pelos partidos de oposição, a partir de negociação com as centrais sindicais, ainda está distante do necessário para elevar o piso ao patamar que ocupava em 2001. Para que isso aconteça, seria necessário um reajuste de 27,46%.
O piso atinge cerca 1,2 milhão de trabalhadores gaúchos, que não são protegidos por acordos ou convenções coletivas. Primeiro a adotar o mecanismo, o Rio Grande do Sul está na lanterna entre os estados brasileiros que implantaram políticas de remuneração regionais, atrás de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.