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3 de Maio de 2024

Orçamento do Hospital Universitário da USP é debatido na Assembleia

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Representantes dos morado­res do Butantã, funcionários do Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP) e deputados reuniram-se na última quinta-feira (14/12), no plenário José Bonifácio, a fim de discutir o orçamento a ser aplicado em 2018 para o HU, que já fechou o pronto-socorro infantil e deve fechar o adulto por falta de recursos.

Juntos aos parlamentares Carlos Neder (PT) e Marco Vinholi (PSDB), os representantes do HU e moradores estimaram a necessidade de um valor entre R$ 300 milhões a R$ 315 milhões, mas nada foi oficializado.

Mais uma reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, às 11h, na Alesp. O deputado Vinholi, relator do orçamento estadual para 2018, pediu aos que defendem o HU que tragam um orçamento definitivo e, a partir disso, cheguem a um acordo sobre a proveniência dos recursos orçamentários necessários.

A proposta do relator é a de inserir os royalties do petróleo nos custos de funcionamento do hospital, um acréscimo de renda que totalizará R$ 80 milhões. Ele sugeriu ainda que esse valor seja destinado exclusivamente ao HU, de forma a não ser usado para outros fins.

Outra alternativa é destinar 8% da renda da USP para o hospital. Para 2016, a universidade teve um orçamento de R$ 5,4 bilhões, mas somente 5,2% do montante foram destinados ao HU.

Durante a reunião, dados levantados pela assessoria financeira do deputado Neder causaram confusão aos manifestantes. Eles revelam que, em 2017, a Assembleia aprovou um orçamento de mais de R$ 263 milhões para a universidade, com a finalidade de serem investidos no hospital. No entanto, do montante liberado apenas R$ 89 milhões foram sido empenhados até o momento.

A crise do HU

O Hospital Universitário é referência por oferecer o ensino prático da carreira médica. De acordo com Lester Amaral, coordenador do movimento Butantã na Luta, o atual reitor não enxerga o HU como um hospital-escola. "Fundado há 36 anos, ele [HU] forma o médico generalista para dar atenção à saúde em aulas dentro do hospital", comentou.

A residente em enfermagem Elaine Carvalho revela que houve uma total desvinculação do ensino pela instituição. "Nós residentes deveríamos sair com capacidade crítica para enfrentar o mundo. Hoje encerramos o dia cheios de dúvidas, porque não há profissionais", disse.

Elaine relatou também a situa­ção do quadro de funcionários, que não corresponde à demanda e dificulta a realização dos plantões. "Aqueles que sobraram estão exaustos e doentes", diz. O acréscimo de 340 funcionários é um dos pedidos apresentados, mas o número ideal é superior: 406 pessoas.

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