Para Rollemberg, MP melhorará competitividade; Aloysio Nunes e Randolfe criticam

Ao encaminhar voto favorável à MP dos Portos, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) disse, nesta quarta-feira (16), que ela modernizará a infraestrutura portuária brasileira, dando mais competitividade ao Brasil. Rollemberg, porém, criticou a maneira como a medida tramitou no Congresso, sem permitir uma discussão mais profunda no Senado.

- É incompreensível que uma base que tenha 80% dos parlamentares seja incapaz, de em tempo hábil, apreciar uma matéria e construir uma posição de governo em relação à matéria – disse.

Ele também considerou "inexplicável e inadmissível" que a emenda do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), limitando a renovação de contratos nos novos terminais privados, inicialmente rejeitada, tenha sido aceita posteriormente.

Já os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), fizeram anunciaram a obstrução de seus partidos à MP, em razão de votação em tempo exíguo. Além disso, eles salientaram que o texto não resolverá o problema da falta de infraestrutura enfrentada pelo país.

- Esta é apenas a ponta do grande problema logístico que o Brasil vive. As ferrovias, as hidrovias, os aeroportos, as zonas lindeiras aos portos, tudo isso constituem um emaranhado de problemas logístico que o governo não resolveu e não consegue resolver – disse Aloysio Nunes, para quem a medida provisória não trará a desburocratização do processo decisório dos portos, mas o deixará mais complexo e burocrático.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que a proposta contraria aos valores defendidos pela esquerda e condenou a mudança de posições historicamente defendidas pelo PT, PSB e pelo PC do B.

- Posições que inclusive impediram que muitas privatizações ocorressem no Brasil. Porque sempre defendíamos o que estou defendendo aqui: o papel estratégico que o Estado deve cumprir na defesa da soberania nacional – afirmou, acrescentando ainda que a medida provisória fere a Constituição e não resolve o problema da falta de estrutura do Brasil para transportar.