Parlamentares participam de pesquisa sobre poluição sonora
Cerca de 20 deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão foram ouvidos nesta manhã (terça-feira, 4) em uma pesquisa que visa fazer um diagnóstico da poluição sonora e exposição a ruídos a que são submetidos os parlamentares da Casa. Realizada por alunas do curso de Fonoaudiologia da Universidade Ceuma, a pesquisa foi aplicada por meio de questionário com perguntas acerca do conhecimento dos entrevistados sobre fonoaudiologia, problemas auditivos e possíveis sintomas decorrentes de exposição a altos níveis de ruídos.
Segundo as alunas Daniele Cruz Coelho e Tuanne Moraes, do primeiro período do curso de Fonoaudiologia do Ceuma, a pesquisa realizada na Assembleia Legislativa é objeto de um trabalho da disciplina Física Acústica. As alunas ouviram dos parlamentares relatos sobre a rotina de exposição a ruídos durante as sessões plenárias, realizadas de segunda a quinta-feira na Casa Legislativa. As estudantes também mediram, por meio de um decibelímetro, os níveis de ruídos de alguns momentos da sessão plenária desta terça-feira (4).
Segundo as alunas de Fonoaudiologia, apesar de a estrutura do Plenário Nagib Haickel possuir uma acústica tecnicamente muito boa, os parlamentares e demais pessoas presentes às sessões são submetidas a ruídos que atingem 90 decibéis (unidade de medida do som), o que pode oferecer riscos como a perda gradativa da audição, taquicardia, dores de cabeça, tonturas, déficit de atenção, entre outros problemas.
Após o levantamento dos dados, coletados também junto a trabalhadores da construção civil, as alunas produzirão um relatório que deverá ser encaminhado à Assembleia, contendo todo o diagnóstico da situação de exposição auditiva na Casa e as medidas de adequação acústica. As representantes do curso de Fonoaudiologia também pretendem realizar palestra sobre a poluição sonora e ruídos, como forma de conscientizar parlamentares e servidores do Parlamento Estadual.
RECOMENDAÇÕES DA OMS
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que um som deve ficar em até 85 db (decibéis) para não causar prejuízos ao ser humano.