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2 de Maio de 2024

Político de "carreira", um dos maiores ficha suja do Brasil é preso em Mato Grosso

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Hoje é dia de festa em Mato Grosso! Grande parte da população do meu querido e amado Estado natal deve comemorar a prisão de um dos maiores ficha suja do país.

O ex-Deputado estadual José Riva (PSD), que por mais de 20 anos esteve dentro da Assembléia Legislativa, usando e abusando dos recursos públicos a que tinha facilidade de acesso, devido ao cargo que ocupava, foi finalmente preso pela Gaeco. Na verdade foi novamente preso, já que recentemente teria sido solto por uma decisão do STF.

O referido ex-Deputado exerceu, por anos, a Presidência, vice presidência e primeira secretaria da AL-MT. Tinha influência dentro da casa e, por várias vezes, influência também com os Governos que estavam no poder.

Riva é daquele tipo de político que os brasileiros já conhecem bem. "Carreirista" como Sarney e populista igual. Não sei de que forma, qual a estratégia que se utilizava, mas sempre conseguia "alavancar" multidões de votos em seu favor. Nunca perdia uma eleição, no entanto era sempre suspeito de corrupção, o que não o impedia de ganhar e ainda ser eleito pelos seus pares para dirigir a Casa, por grande parte dos mandatos que cumpriu.

Quando é que a população irá se conscientizar, aprender a votar (não sei como - já que político não tem estrela na testa - a não ser o PT, que esse, por si só já tem "estrela"). Realmente é difícil acreditar que pessoas assim conseguem, por tanto tempo permanecer no poder. Só pode ser alguma promessa descabida, alguma $ envolvida, ou até mesmo "bruxaria".

(por G1 MT em 01/07/2015 09h36).

Está sendo acusado de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres da instituição. O G1 tentou, mas não conseguiu entrar em contato com os advogados de Riva até a publicação da reportagem.

Além do mandado de prisão, o Gaeco cumpre mandado de busca e apreensão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Agentes chegaram ao prédio localizado no Centro Político Administrativo no início da manhã de hoje. No entanto, a assessoria do MPE não informou quais documentos foram apreendidos.

José Riva ficou quatro meses preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) após a Operação Imperador, também realizada pelo Gaeco. No ano passado, ele já havia sido preso em outra operação, a Ararath, da Polícia Federal, que apura suspeita de desvio de recursos públicos por meio de lavagem de dinheiro por meio de factorings de fachada. À época, ele foi solto três dias depois.

Na denúncia, o MPE aponta que, como primeiro-secretário da ALMT, José Riva teria liderado um esquema de licitações fraudulentas que direcionavam contratos para empresas que depois não entregavam as mercadorias. As empresas, afirma o MPE, eram de fachada. No entanto, ele nega todas as acusações.

Na semana passada, antes da libertação de José Riva, a juíza Selma Rosane dos Santos de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que ele passasse a usar tornozeleira eletrônica, como medida alternativa à prisão.

O ex-deputado também foi proibido de deixar a comarca sem autorização. A juíza ainda mandou que a Polícia Federal fosse comunicada sobre a decisão para que José Riva não tentasse retirar novo passaporte, bem como que as embaixadas de países do Mercosul nos quais não é preciso apresentar passaporte fossem avisadas sobre a proibição da expedição do documento.

O ex-parlamentar responde a mais de 100 ações cíveis e criminais e já teve quatro condenações colegiadas por crime de improbidade administrativa. Ele também foi probido, na semana passada, de ir à Assembleia Legislativa e às sedes de empresas que estariam envolvidas no esquema, cujos donos são corréus da ação.

Ele também não poderá manter contato com nenhum dos acusados e testemunhas do processo - exceto a mulher dele, Janete Riva, que, segundo o MPE, ocupou o cargo de secretaria de Finanças da Assembleia e também é ré no processo. Além deles, outras 13 pessoas, entre empresários e servidores públicos, são acusados de participação no esquema.

Indeferido

Na eleição passada, Riva tentou concorrer a governador de Mato Grossso, mas teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Janete então assumiu o lugar do seu marido e lançou candidatura, todavia perdeu para Pedro Taques.


Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2015/07/gaeco-prende-ex-deputado-6-dias-apos-solturaefaz-b...

Autoria/Comentários: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B

Foto/Créditos: Mario Friedlander/ALMT, extraído do G1 MT

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