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6 de Maio de 2024

Proteção contra crimes cibernéticos depende mais de pessoas do que de tecnologia, segundo ABIN

Representantes do governo federal ligados às áreas de defesa e de segurança da informação participaram de audiência na CPI dos Crimes Cibernéticos nesta quinta

Publicado por Câmara dos Deputados
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Representantes do governo federal ligados às áreas de defesa e de segurança da informação concordaram nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados que o componente humano pode ser decisivo no enfrentamento e no combate a crimes cibernéticos - que são aqueles praticados pela internet.

Para o diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Segurança e das Comunicações (CPESC) da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Otávio Cunha da Silva, a proteção contra esses crimes depende 60% das pessoas, 20% de tecnologia e 20% de perseverança.

"Eu acredito que com a legislação que nós dispomos hoje, algumas melhorias ou acertos e muito mais educação. Nós temos condição de diminuir esse fosso que existe entre os usuários normais e os criminosos. Eles [os criminosos] vivem disso e a população precisa usar a internet"

Durante audiência pública nesta quinta-feira (17) sobre a segurança cibernética de Estado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, Silva disse que muitas pessoas ainda são inocentes na internet e costumam clicar em links de e-mails e aceitar diversos aplicativos sem saber o que estão fazendo.

"Nós na ABIN e no CEPESC tentamos incutir na cabeça de todos os usuários a importância de se proteger, de se precaver, temos que ter uma ação proativa"

A presidente da CPI dos Crimes Cibernéticos, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), quis saber as ações do governo brasileiro para enfrentar crimes cibernéticos, especificamente em grandes eventos, como as Olimpíadas.

De acordo com o coronel Paulo Roberto Vianna, chefe da Divisão de Operações do Centro de Defesa Cibernética do Exército, a capacitação de pessoal e o desenvolvimento de tecnologias nacionais são sempre preocupações constantes.

"O centro tem como missão a defesa das redes da Defesa, quando a gente extrapola esse nível, nós fazemos o papel de coordenação. No âmbito da Defesa, existe todo um planejamento voltado para a área de defesa cibernética e de outras temáticas. Estamos evoluindo agora para a segurança cibernética, que envolve outros entes e infraestruturas críticas, de energia e de transportes, que vão estar atendendo não só a cidade do Rio de Janeiro mas também as cidades sede do futebol"

Em relação à rede de computadores da administração pública, o diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Marconi dos Reis Bezerra, destacou o empenho do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Segurança e das Comunicações em criar um sistema de criptografia confiável para ser utilizado nos sistemas de comunicação e de transferência de informações estratégicas do País.

Reportagem — Murilo Souza
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