Redução do salário de Dilma não saiu do papel
Em outubro do ano passado, simultaneamente a reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução de seu próprio salário e do vice Michel Temer para cortar gastos e ajudar o país a enfrentar a crise econômica.
Pela proposta de Dilma, seu salário e o dos demais ministros sofreriam uma redução de 10%. A medida foi encaminhada ao Congresso Nacional e passou pela Comissão de Finanças e Tributações da Câmara, com a aprovação da relatora Simone Morgado (PMDB-PA) no dia 16 de novembro.
Passada essa etapa, a proposta transformou-se em um projeto de decreto legislativo que precisaria ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas a medida ainda não saiu do papel.
De acordo com José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, a culpa da demora não é do governo:
ʺNão é culpa do governo, é mais uma das matérias que ficam na gaveta da Câmaraʺ, argumentou.
Corte de gastos
Dos 3mil cargos que sofreriam cortes no orçamento, apenas 528 sofreram alterações. O Planejamento afirmou que os cortes estão sendo feitos de maneira gradual e que em breve atingirão a meta estabelecida pelo governo.
Até o momento, os cortes se concentraram na Casa Militar, na Embratur, nos Ministérios da Justiça, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no Ministério do Planejamento, Ministério do Turismo e na Secretaria do Governo.
O governo por outro lado anunciou que nesta semana será divulgado novos decretos que prometem reduzir salários em aproximadamente 140 cargos.
Fonte: Estadão