Rosa Weber e os sinais trocados no julgamento do HC de Lula
Ministros consideram que voto da colega no mérito do pedido do petista é incógnita, mas ressaltam sua desenvoltura
Até o próximo dia 4 de abril, quando o Supremo Tribunal Federal deve retomar a análise do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as atenções se voltarão para a ministra Rosa Weber, considerada, inclusive pela defesa do petista, o voto que deve desempatar o julgamento a favor ou contra a prisão do ex-presidente.
Nesta quinta-feira (22/3), a magistrada deu três votos a favor de questões levantadas pela defesa do petista: rejeitou a preliminar que impediria a discussão do HC por questão processual, não se opôs ao adiamento do julgamento do HC e concedeu a liminar para condicionar a detenção de Lula à decisão do STF. Rosa Weber, porém, não deu sinais de sua posição no mérito e repetiu que respeita o principio da coletividade.
Nos bastidores, os ministros continuam em dúvida sobre qual será o voto da ministra Rosa Weber. A ministra segue como uma incógnita, mas a desenvoltura dela na sessão desta quinta chamou atenção. Sempre muito tímida, ela estava, na avaliação dos colegas, “mais desenvolta”.