Sem um mínimo de graça, Netflix abre 'Lojas da Corrupção' nos principais aeroportos do Brasil
Tornozeleiras eletrônicas douradas, ou de couro com tachinhas, manuais para delatar cúmplices e roupa íntima com bolsos cheios de dinheiro, as "lojas da corrupção" montadas pela Netflix em aeroportos do Brasil têm tudo para criminosos do colarinho branco.
- Interessante como usam as fases complicadas do nosso país para faturarem. Tudo vira motivo de 'filme'.
Este foi meu raciocínio inaugural ao ler a matéria que retransmito logo abaixo.
O lançamento da série 'O Mecanismo', produzida pela Netflix, está dando o que falar e há evidências que o ex presidente Luis Inácio Lula da Silva irá mover ação em face da produtora.
Não pretendo defender seu ninguém.Não tenho competência para tanto!Que as autoridades competentes cumpram seu papel diligentemente!
Todavia, apenas manifesto minha livre manifestação de pensamento amparada constitucionalmente e afirmo que aqui no Brasil, tudo, absolutamente tudo, serve de impulso financeiro para alguns 'pintarem o sete' com nossos sentimentos e paixões patriotas.
É lamentável!
Lojas da Corrupção
No entanto, o que me chamou a atenção foi a inusitada criatividade da produtora em exibir justamente nos três maiores aeroportos do país, lojas denominadas 'Lojas da Corrupção', contendo peças e adereços, ao meu sentir, nada engraçados e que estão bem longe de impulsionarem o brasileiro a celebrar; pelo contrário: trazem em seu bojo, um sentimento de pesar e lamento ao deparar-se com tais parafernálias. Deus me livre de dar de cara com tais peças!
Imagem do Evaristo Sá (AFP)
Entenda o caso
Lendo uma matéria publicada no Jornal do Comércio aqui em Pernambuco, a notícia relata que:
Tornozeleiras eletrônicas douradas, ou de couro com tachinhas, manuais para delatar cúmplices e roupa íntima com bolsos cheios de dinheiro, as "lojas da corrupção" montadas pela Netflix em aeroportos do Brasil têm tudo para criminosos do colarinho branco.
A plataforma digital divulga sua série "O Mecanismo", inspirada na Operação Lava Jato e no escândalo de corrupção que abala o Brasil.
Os locais de venda ficcionais de artigos de luxo para roubar estão nos terminais Juscelino Kubitschek, em Brasília, e Congonhas, em São Paulo.
Um manual da "Delação premiada para leigos", com "1.001 coisas para fazer antes de entrar em prisão domiciliar" está exposto em uma vitrine, ao lado de sapatos com gravador.
"Expor a corrupção é uma forma de trazer a lei, porque a partir do momento em que você está declarando isso numa loja de corrupção, está intimando a lei a fazer alguma coisa contra esse crime", disse à AFP o passageiro Paulo Gabriel, engenheiro de 43 anos, no aeroporto de Brasília. "Mas não sei se fazê-lo assim é correto", pondera.
A promoção das lojas da corrupção simulam o formato dos anúncios de lojas de luxo: manequins com cuecas cheias de dinheiro, ou exibindo delicadas tornozeleiras eletrônicas douradas, combinadas com delicados sapatos de salto. Ao fundo, uma voz sugestiva recomenda as gravatas para "filmar seus inimigos políticos".
O vídeo, que pede para "manter o bom gosto acima de tudo, inclusive da lei", tem quase 400 mil reproduções.