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18 de Maio de 2024

Sepultado em São Paulo o corpo do advogado que matou o filho e se suicidou

Publicado por Espaço Vital
há 15 anos
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O corpo do advogado Renato Ventura Ribeiro, de 39 anos, encontrado morto ao lado do filho no apartamento onde morava em São Paulo (SP), foi enterrado na tarde de sexta-feira (24) no Cemitério Morada da Grande Planície, em Praia Grande (SP). Renato também era professor da Universidade Federal de São Paulo.

O caixão chegou lacrado. Parentes e amigos tiveram um pouco mais de meia hora para a despedida. Segundo a mãe de Renato, Eli Elvira Maia Rivbeiro, o filho era muito ligado com o menino.

Ketlin Feitosa, amiga de Renato há 15 anos, veio de Brasília para o enterro. "Ele nunca demonstrou ter depressão. Sempre estava feliz. Ele tinha um amor incondicional pelo filho, mas nunca a ponto de imaginar que ele chegasse a essa situação de desespero para cometer um ato tão insano".

O pai do advogado, Jorge Ventura, não entende o que levou o filho a levar essa decisão. "Não tem palavras. A gente não tem explicação para um fato desse. Ele não pensou nos pais, na irmã. Em deixar a coisa mais rica que a gente tinha. Era o nosso único neto. Eu, como pai, estou arrasado" - disse.

O caso

Renato morava no 22º andar de um condomínio de classe média/alta na zona sul de São Paulo. O filho de cinco anos iria passar dois dias com ele. A mãe pegaria o menino no domingo. Como não conseguiu falar com Renato, ela registrou um boletim de ocorrência.

Os corpos foram encontrados na quarta-feira (22) pela faxineira do apartamento. Depois de ouvir testemunhas e de examinar provas do crime, a polícia concluiu que o advogado planejou as mortes.

No computador de Renato, os policiais encontraram uma carta endereçada aos amigos em que ele admite que "tomou a decisão depois de muita reflexão e ponderação".

Em janeiro, uma decisão judicial determinara que a mãe da criança ficaria com a guarda do filho. Um mês depois, o advogado comprou uma arma e fez um curso de tiro.

O garoto cursava o jardim de infância no Colégio Arquidiocesano, na Zona Sul da capital. De acordo com funcionários do colégio, que pediram para não ter os nomes revelados, constava na ficha do garoto que os pais de Luiz Renato eram separados e que a guarda estava com a mãe, Fabiane. O advogado só podia pegar o filho na escola se houvesse a autorização prévia de Fabiane para isso.

De acordo com o delegado Virgílio Guerreiro Neto, titular do 16º DP (Vila Clementino), Ribeiro era quem arcava com a mensalidade do Colégio Arquidiocesano, de R$ 1.600,00. O pai pagava ainda uma pensão mensal de R$ 500,00 para o filho. Os funcionários do colégio afirmam que nunca viram o pai levar Luiz Renato à escola e que a tarefa era feita diariamente pela mãe, que buscava o menino dentro da sala de aula no Arquidiocesano.

Renato e Fabiane tiveram um relacionamento de seis meses quando ela trabalhou como assessora dele em um escritório de Advocacia. Após o fim do namoro, ele chegou a propor a ela um segundo filho, mas Fabiane não aceitou, segundo o delegado Virgílio Guerreira Neto.

Advogado, doutor, mestre e professor assistente temporário da Faculdade de Direito da UFSP, Renato foi colaborador no projeto da lei eleitoral (Lei nº 9.504/97) e autor do livro Lei Eleitoral Comentada.

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