Sindicalismo ou peleguismo?
Sindicatos contrários ao fim da contribuição sindical e o temor de Lula.
Vamos primeiro ao dicionário:
sindicalismo: substantivo masculino
- movimento que tem por objeto congregar associações de trabalhadores com o fim de estudar e de defender seus interesses.
- doutrina que pretende fazer da associação profissional do sindicato o fundamento da organização econômica e social.
Teoria das doutrinas sobre sindicatos –
“Segundo o filósofo Jean Jacques Rousseau, na obra O Contrato Social, em estado primitivo, os homens, não possuindo mais condições de subsistirem por seus próprios meios, realizaram um pacto social objetivando a conservação da espécie.”
Assim, se buscado Rousseau, seria a vontade individual, tornando-se a vontade comum de encontro às forças de Governo, de Estados, não reprimindo a vontade individual. Não busca tolher a liberdade individual, mas sim associar todos em torno de uma máxima comum. Seria então o objetivo de vigiar e de limitar as ações do governo que possam ferir o coletivo, em tese o povo.
peleguismo: substantivo masculino
- ato, dito ou procedimento próprio de pelego (‘agente’, ‘capacho’).
- [Popular] ato, dito ou procedimento próprio de pelego
- Denominação dada a membros de sindicatos que agiam sob inspiração do Ministério do Trabalho ou de políticos ditos trabalhistas. [Figurado] Pessoa servil, dominada por outra; capacho
Infopédia.
O peleguismo nasceu no Brasil durante o Estado Novo (1930-1945) como parte da política nacionalista de Getúlio Vargas. O termo deriva de “pelega”, o líder sindical que mediava entre os interesses do estado e as reivindicações dos operários. *
O Estado Novo desenvolveu uma política de modernização. Para tanto incentivara a produção industrial e fomentara as exportações. As dificuldades em desenvolver este plano advinham de uma massa proletarizada e dos sindicatos que reivindicavam direitos de classe. A desestabilizar a situação acrescia a atuação dos anarquistas no país.
A solução encontrada foi a criação da figura do pelega. Este tinha por missão apresentar as medidas governamentais aos operários de um modo convincente.
Para tanto invocava os interesses da nação. Em suma, o sentimento nacionalista tinha primazia sobre os interesses dos operários. Deste modo conseguia-se a paz social com a conivência da classe operária.
O governo do presidente Temer está buscando, segundo os gabinetes políticos, a influência do resultado negativo do “desgoverno Dilma”, e que segundo sua equipe econômica se não houver a aprovação da “Reforma Trabalhista” e da “Reforma Previdenciária”.
Foi aprovada na Câmara dos Deputados a Reforma Trabalhista, com pontos confuso, pontos polêmicos e um ponto crucial: o fim da contribuição sindical.
Claro está que o “petista mais honesto do mundo” o septuagenário Lula, réu, rico em denúncias por diversos crimes, e desta maneira tendo ameaçada a sua liberdade, busca de todas as formas possíveis e inimagináveis se manter elegível, se possível para presidente da república, e que retorne a comandar o governo, se possível ressurgir o “ status quo ante” ou seja, a farra do petrolão, por exemplo.
Ninguém pode negar a habilidade de manipulação do “povão” desse articulador e que se aliados a Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); José Rainha Junior do MST; e demais centrais sindicais. Fazendo uso dessa sua faculdade está conseguindo agregar em torno do MOTIVO MAIOR, dos sindicatos contra a reforma é o fim da obrigatoriedade da famigerada contribuição sindical obrigatória, nefasta, que torna os sindicatos inúteis e simples plataformas políticas.
Conforme O Globo:
“Atualmente, o pagamento da contribuição sindical é obrigatório e vale tanto para os empregados sindicalizados quanto para aqueles que não são associados às entidades de classe. Uma vez ao ano, é descontado o equivalente a um dia de salário do trabalhador. Com a proposta, a contribuição deixaria de ser obrigatória. “Essa questão, que talvez seja a mais sensível, que é a da contribuição sindical, ela acaba por trazer exatamente esse clima de muita tensão com relação à votação”, disse o líder do governo.”
Parece que conseguiram juntar os interesses escusos dos sindicalistas e do ex presidente com maior número de indiciamentos da história do Brasil, parece que desta vez estão usando de argumentos que está deixando a população à mercê de sua própria sorte, não conseguindo retornar do trabalho ou ir ao trabalho.
Em dias de desemprego que chega a mais de 12mi; muitos não desejam ser obrigados a não poder chegar ao trabalho. Os “pelegos” se dão ao direito de queimar pneus, interditar vias principais, terminais de ônibus, parada de metrô e de trens, portanto OBRIGANDO os trabalhadores a participar da pretensa greve, da inóspita greve.
Será que mais uma vez essa “união desonesta de forças” conseguirá convencer o povo que o governo de Temer, embora com criticas e dificuldades, está procurando melhorar o estado de coisas, está procurando sair da calamidade “construída na era do governo do PT”?
Caos para o embarque em ônibus:
Caos para o embarque de trens.
Esta é a imagem de um povo que não sabe, pelo voto, buscar um governo que o represente.