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3 de Maio de 2024

Site diz que Moro e Dallagnol conversaram sobre apoio de Fux à Lava-Jato

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Nova sequência de mensagens divulgada pelo site "The Intercept Brasil", que teriam sido trocadas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública,Sergio Moro, e o procuradorDeltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava-Jato, mostram o que seria uma conversa sobre o apoio do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), à Operação Lava-Jato.

Os textos foram divulgados em entrevista à Rádio BandNews por um editor executivo, que no domingo já havia revelado outras mensagens em que Moro e Dallagnol tratavam sobre as atuações nos bastidores da Lava-Jato. A Polícia Federal (PF) investiga invasões aos celulares dos dois e de outras autoridades com atuação direta ou indireta à operação.

As novas mensagens teriam sido trocadas em 22 de abril de 2016. Às 13h04 daquele dia, Dallagnol teria enviado ao magistrado: "Caros, conversei com o FUX mais uma vez, hoje".

No mesmo minuto, o procurador teria prosseguido: "Reservado, é claro: o Min Fux disse quase espontaneamente que Teori (Zavascki, que morreu em 2017) fez queda de braço com o Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele, rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições (...)."Em especial no novo governo", conclui Deltan em outro trecho da mensagem, numa possível referência à gestão de Michel Temer (PMDB), que duas semanas após a data do diálogo assumiria a presidência no lugar de Dilma Rousseff, àquela altura alvo de um processo de impeachment no Congresso.

O diálogo divulgado pelo editor do" Intercept "prossegue com uma resposta em inglês, que teria sido enviada por Moro:" In Fux we trust ". O lema nacional dos Estados Unidos (" In God we trust ") era utilizado à época por admiradores do maigstrado de Curitiba (" In Moro we trust ").

Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, na BandNews, Leandro Demori, do" The Intercept ", afirmou que o trecho é verídico e faz parte do material que o site obteve com uma fonte não revelada. Ele afirmou que resolveu levar as mensagens ao conhecimento do público da rádio após a repercussão do material divulgado no domingo.

OUTRO LADO

O GLOBO procurou o ministro Luiz Fux para que ele pudesse comentar o teor do diálogo revelado pelo editor do" Intercept ". O magistrado não quis se manifestar. No domingo, após a divulgação das primeiras mensagens, Moro lamentou"a falta de indicação de fonte de pessoa responsável pela invasão criminosa de celulares de procuradores". Ele também negou que tivesse orientado Dallagnol sobre a Lava-Jato e afirmou que não poderia confirmar se as mensagens eram verdadeiras. Nesta quarta-feira, mais cedo, ele disse que"hackers de juízes não vão interferir na missão".

'Queda de braço'

Em 22 de março de 2016, o ministro Teori Zavascki, então relator da Lava-Jato no Supremo, determinou que Moro enviasse à Corte todas as investigações que envolviam o ex-presidente Lula. A decisão veio após o juiz ter levantado o sigilo do áudio em que os petistas conversavam sobre a nomeação de Lula para a Casa Civil. A gravação era fruto de interceptação telefônica feita no âmbito da Lava-Jato e, na opinião de Zavascki, a suspensão do sigilo aconteceu sem a cautela exigida. O ministro determinou que a divulgação fosse interrompida e pediu para que Moro se explicasse no prazo de 10 dias.

Em resposta à decisão de Zavascki, em 29 de março daquele ano, Moro enviou um documento em que pediu desculpas três vezes pela polêmica que provocou ao divulgar diálogos de Lula gravados pela Polícia Federal. Por outro lado, aproveitou a oportunidade para dizer também que vários dos telefonemas interceptados mostravam tentativas de Lula em obstruir as investigações contra ele no âmbito da Lava-Jato.

Em votação no plenário, a liminar de Zavascki que mantinha o caso de Lula no Supremo permaneceu com a Corte, por oito votos a dois. Os ministros Luiz Fux e Marco Aurélio Mello votaram contra o relatório que mantinha o processo longe da Justiça Federal em Curitiba, onde trabalhava Moro.

(Fonte: OGlobo)

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