Tetila irá propor criação da Comissão da Verdade na Assembleia

A Comissão Nacional da Verdade, nomeada pela presidente Dilma Rousseff, foi instalada no último dia 16, em Brasília. Um grupo de sete pessoas irá apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988. Presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos, o deputado estadual Laerte Tetila (PT) informou na sessão desta quinta-feira (24/5), que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso Sul poderá ter sua própria Comissão da Verdade.

“Vou propor a criação da Comissão da Verdade, que será vinculada à Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos. É importante que Mato Grosso do Sul também investigue crimes de violação dos direitos humanos durante a ditadura militar. Os resultados obtidos serão repassados à Brasília”, ressaltou.

Para Tetila, a instalação da Comissão da Verdade é um instrumento para recuperar a memória do país. “Existe uma dívida para com as famílias que, de alguma forma, acabaram vítimas da ditadura. Os fatos ocorridos não podem mais ficar escondidos. O momento agora é de resgatar a transparência”, disse.

Criada por lei, a Comissão Nacional da Verdade terá que esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos, como torturas, mortes e desaparecimentos, que aconteceram entre 1946 e 1988. Em dois anos, terá que preparar um relatório com o que for apurado e recomendar medidas e políticas públicas para prevenir a violação de direitos humanos. Embora também tenha a atribuição de apontar os responsáveis pelos crimes contra os direitos humanos, não tem poder de julgar os envolvidos.