Tribunal condena estudante que forjou o próprio sequestro
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) reformou decisão de primeira instância e condenou a estudante de Petróleo e Gás Michely da Silva Segismundo a três anos de reclusão pela acusação de crime de extorsão. A jovem foi denunciada pelo Ministério Público por forjar o próprio sequestro com a intenção de receber R$ 10 mil de seu pai, Walter Segismundo Filho.
Outras três pessoas - Heloísa Elienice Pereira Flor, Wallace Gonçalves e Felipe de Assis - também foram condenadas por participarem da trama. A Polícia Civil, por meio da Delegacia Anti Sequestro, prendeu o grupo e evitou que o pai de Michely pagasse o resgate. Os três amigos de Michely foram condenados a dois anos e oito meses de reclusão e seis dias multa.
Em sentença dada no dia 1º de dezembro de 2009, o juízo da 6ª Vara Criminal de Vitória absolveu os quatro amigos, considerando-os inocentes da acusação feita pelo MPE. Entretanto, o Ministério Público recorreu da decisão e o recurso foi julgado na quarta-feira (22).
De acordo com inquérito policial, às 3h29 do dia 20 de março de 2008, os acusados, com intuito de obter para si ou para outrem vantagem econômica indevida, constrangeram Walter Segismundo, mediante ameaça, a pagar a quantia de R$ 10 mil, por um falso sequestro de sua filha Michely. A moça chegou a passar dois dias fora de casa para enganar o pai. Mas a farsa foi descoberta pela equipe da DAS.
O relator do recurso do Ministério Público, desembargador Sérgio Luiz Teixeira Gama deu seu voto determinando pela condenação dos quatro jovens. Foi seguido pelos desembargadores Fábio Brasil Nery e Adalto Dias Tristão.
Em sua decisão, o desembargador Sérgio Gama condenou os quatro jovens a cumprir a pena, inicialmente, em regime aberto. Os apenados cumprem a condenação fora de uma cadeia, porque o Estado do Espírito Santo não possui uma Casa de Albergado. No entanto, Michely Segismundo, Heloísa Flor, Wallace Gonçalves e Felipe de Assis vão ficar em liberdade vigiada e pelo menos uma vez por mês terão que se apresentar à Justiça.
Assessoria de Comunicação do TJES