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8 de Maio de 2024

Vanessa Grazziotin diz que não há como comparar caso da Abin com espionagem americana

Publicado por Senado
há 11 anos
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A espionagem de funcionários estrangeiros pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos anos de 2003 e 2004 não pode ser comparada às ações de espionagem promovidas pelo governo dos Estados Unidos em várias partes do mundo, disse nesta terça-feira (5), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ela fez uma defesa do governo e da Abin, em Plenário, após referir-se a uma matéria sobre a ação da agência brasileira publicada pela Folha de S. Paulo, na segunda-feira (4).

Vanessa lamentou que vários parlamentares tenham dito que as revelações do jornal colocariam em xeque a posição da presidente Dilma Rousseff sobre a questão. Ao abrir a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, Dilma discursou contra as ações de espionagem dos Estados Unidos. A presidente brasileira adiou ainda uma viagem a Washington, prevista para ocorrer no final do mês passado.

Segundo a senadora, não há como comparar as ações que o governo americano realiza com as ações da Abin. Ela disse que a agência brasileira não usou nenhum método ilegal, pois foram ações de contra-espionagem. Já os Estados Unidos violaram sigilo, atingindo inclusive presidentes de nações, tendo como alvo “quase todos os países do mundo”.

- Quero repelir qualquer tentativa de comparar as ações da Abin com o que foi realizado pelo governo americano. Nenhuma das ações da Abin desrespeitou a legislação brasileira ou as convenções internacionais – disse a senadora.

Para Vanessa, a defesa do governo brasileiro contra a espionagem americana não é uma questão de governo, mas de Estado e de defesa dos direitos humanos. A parlamentar ainda acrescentou que a CPI da Espionagem, da qual é presidente, tem acompanhado os desdobramentos do caso americano. De acordo com a senadora, a comissão tem constatado, por meio de muitas publicações, que há uma tentativa de manipulação do governo americano nas notícias de vários jornais pelo mundo, como uma estratégia para evitar o isolamento.

- Os Estados Unidos tentam colocar outros países na mesma rinha – criticou a senadora, acrescentando que matérias semelhantes à da Folha foram divulgadas na França e na Alemanha, citando os governos locais.

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