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22 de Maio de 2024

Zara, mais uma vez na mira do MTE por falta de condições de trabalho (análogo a de escravo)

Condições inadequadas de trabalho para imigrantes peruanos e bolivianos em uma fábrica de São Paulo.

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Essa não é a primeira vez que a Zara teria sido vigiada e alertada por utilizar-se desse tipo de trabalho em suas fábricas no Brasil, que dizem ser terceirizadas. Em 2011 a Empresa deu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp); na época, a rede espanhola Zara afirmou, pela primeira vez, que havia trabalho escravo em sua cadeia de produção de roupas e acessórios. O presidente João Braga respondeu "sim" quando questionado pelo presidente da Comissão, Carlos Bezerra Junior (PSDB), se "havia trabalho escravo na cadeia produtiva da Zara em 2011".

Quando chega ao ponto do próprio indiciado admitir é porque a coisa já está bem "escancarada". Infelizmente houve um tempo em que eu não sabia disso. Vivia fora e estava à margem da maioria das informações realmente úteis. Consumi, por várias vezes, produtos dessa empresa. Hoje não me orgulho disso, todavia na época sentia-me muito bem tendo o "privilégio" de vestir Zara, já que são produtos com grande qualidade e preço razoável (fora do Brasil, aqui é caro).

Hoje (há alguns anos) ao descobrir que a referida empresa se utiliza de trabalho análogo à de escravo para produzir tantos itens de qualidade, sinto-me um pouco culpada por ter, indiretamente, colaborado para o enriquecimento desse grupo; todavia não creio ser a única - a Zara, verdade a ser dita, têm belas lojas, muitos (as) não resistem ao passar diante de suas portas, assim "que atire a primeira pedra quem nunca comprou ou desejou comprar na Zara"! Felizmente, hoje sei do que são capazes, portanto não troco a minha ética, minha valorização pelo ser humano por vestido com bom corte feito por "escravos".

'Selo de procedência' - Desde a assinatura do TAC, no final de 2011, a Zara disse ter investido 14 milhões de reais em projetos sociais e auditorias internas. Foi lançado um 'selo de procedência' no âmbito do projeto "Fabricado no Brasil", que consiste em passar informações ao cliente sobre o produto, o fornecedor e data da última auditoria interna na empresa. Isso por meio de uma etiqueta especial com QR code - código de barras que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares. A novidade, em fase de testes, só deve estar presente em todas as peças das lojas brasileiras no ano que vem. Se der certo, será levado a outros países. Em paralelo, a empresa fala das 1.300 auditorias internas que ela fez junto a seus fornecedores para verificar se há qualquer problema trabalhistas, como acordado no TAC.

No entanto apesar de tanto "floreio" e mesmo com o TAC realizado com MTE a empresa tornou-se notícia no dia de hoje. Terá que pagar duas multas no total de R$ 840 mil, de acordo com o jornal Valor Econômico. A empresa espanhola foi multada devido às condições inadequadas de trabalho para imigrantes peruanos e bolivianos em uma fábrica de São Paulo. A decisão ainda pode ser contestada em tribunal. (fonte: Notícias ao Minuto 2 hs atrás)

Fontes: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/zara-admite-que-havia-trabalho-escravo-em-sua-cadeia-produ...

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/zara-%C3%A9-multada-por-falta-de-condi%C3%A7%C3%B5es-de-tra...

Comentários: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B

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