Princípio da Congruência em Jurisprudência

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  • TJ-DF - XXXXX20218070020 1430298

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    APELAÇÃO. DIREITO DO CONSUMIDOR. COBRANÇA IRREGULAR. DANO MORAL. JULGAMENTO EXTRA PETITA. ANÁLISE DE OFÍCIO. PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA. INOBSERVÂNCIA. PRINCÍPIO DA GARANTIA DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA E DA NÃO SURPRESA. VIOLAÇÃO. SENTENÇA CASSADA. 1. Trata-se de apelação interposta contra a sentença que concedeu a tutela antecipada para que a ré retire o nome da autora do cadastro de inadimplentes e julgou procedentes os pedidos para declarar inexistente o débito vinculado ao seu CNPJ, decretar a rescisão contratual, declarar a inexigibilidade e a nulidade da cobrança da multa por descumprimento da cláusula de fidelização, e condenar a ré em dano morais. 2. De acordo com o princípio da congruência, compete ao magistrado decidir a lide nos limites em que foi proposta, não podendo o julgador decidir sobre pedido diverso do constante da inicial ou considerar causa de pedir não constante dos autos. 3. Dispõe o art. 10 do CPC que o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 4. O Juízo, ao condenar a parte ré com base na inscrição indevida - em razão de documento apresentado um dia antes á prolação da sentença -, além de julgar fora do pedido inicial, porquanto a autora indica como causa de pedir a falha na prestação de serviços, deixou de oportunizar à ré se manifestar sobre o documento que embasou a condenação, não lhe tendo sido permitido influenciar no convencimento do juízo, em nítido desrespeito aos princípios da não surpresa, do contraditório e da ampla defesa. 5. Preliminar de julgamento extra petita e de violação ao princípio do contraditório e ampla defesa acolhida de ofício. Sentença cassada.

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  • STJ - AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL: AgInt no REsp XXXXX SP XXXX/XXXXX-8

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    AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. OMISSÃO NO ACÓRDÃO DE ORIGEM. NÃO OCORRÊNCIA. PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA OU ADSTRIÇÃO. CONFIGURAÇÃO. MEDIDAS EXECUTIVAS ATÍPICAS. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7 /STJ. PENHORA DE PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. NÃO PROVIMENTO. 1. Se as questões trazidas à discussão foram dirimidas, pelo Tribunal de origem, de forma suficientemente ampla, fundamentada e sem omissões, obscuridades ou contradições, deve ser afastada a alegada ofensa ao art. 1.022 , I e II , do Código de Processo Civil . 2. Não configura julgamento ultra petita ou extra petita, com violação ao princípio da congruência ou da adstrição, o provimento jurisdicional proferido nos limites do pedido, o qual deve ser interpretado lógica e sistematicamente a partir de toda a petição inicial. Precedentes. 3. Não cabe, em recurso especial, reexaminar matéria fático-probatória (Súmula n. 7 /STJ). 4. Como regra, salários e vencimentos só podem sofrer penhora para pagamento de prestação alimentícia ( CPC/73 , art. 649 , IV , § 2º ) e, além dessa hipótese, em valores que excedam 50 (cinquenta) salários mínimos mensais ( NCPC , art. 833 , IV , § 2º ). 5. Agravo interno a que se nega provimento.

  • TJ-SP - Recurso Inominado Cível: RI XXXXX20228260663 Votorantim

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    Recurso inominado. Sentença extra petita. Sentença que apreciou objeto diverso do demandado. Atividade jurisdicional que se restringe aos limites subjetivos e objetivos da demanda. Princípio da congruência ou adstrição. Nulidade reconhecida. Vício insanável. Inteligência dos artigos 141 e 492 do Código de Processo Civil . Sentença anulada. Recurso provido, com determinação de devolução dos autos à origem.

  • TJ-GO - Apelação Criminal: APR XXXXX20218090051 GOIÂNIA

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    EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO ACOLHIMENTO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA DA SENTENÇA. INCOMPORTABILIDADE. ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS. DESCLASSIFICAÇÃO PARA O CRIME DE PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL. IMPOSSIBILIDADE. REDUÇÃO DA PENA DE MULTA. NÃO CONHECIMENTO. 1. Se não verificada a sucumbência recursal, o pedido não deve ser conhecido. 2. O indeferimento de produção de provas é ato norteado pela discricionariedade do julgador que, soberano na análise probatória pode denegar atos que reputar desnecessários, impertinentes ou protelatórios. 3. O princípio da congruência ou correlação vincula o julgador apenas aos fatos narrados na denúncia. Conforme dispõe o art. 385 do Código de Processo Penal , é possível que o juiz condene o réu ainda que o Ministério Público peça a absolvição do acusado em alegações finais. 4. Diante da suficiência probatória quanto a configuração do crime de tráfico de drogas, não afigura-se plausível a desclassificação da conduta para o tipo penal previsto no artigo 28 da Lei n. 11.343 /2006. 5. Apelo parcialmente conhecido e, nessa extensão, desprovido.

  • TJ-MG - Agravo de Instrumento: AI XXXXX20218130000

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    EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRELIMINAR - NULIDADE DA DECISÃO EXTRA-PETITA - OFENSA AO PRINCÍPIO DA ADSTRIÇÃO OU DA CONGRUÊNCIA - NULIDADE - RECURSO PROVIDO - DECISÃO CASSADA. - É nula a decisão interlocutória que confere à parte requerente direito diverso do solicitado, sem que tal conduta se traduza em poder geral de cautela, diante da ofensa ao princípio da adstrição ou da congruência.

  • TRT-9 - Recurso Ordinário Trabalhista: ROT XXXXX20225090026

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    PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA. JULGADOR FICA ADSTRITO AO PEDIDO DAS PARTES. Ao proferir decisão, o julgador deve ficar adstrito ao pedido formulado pelas partes, para impedir que se configurem decisões ultra e extra petita , em conformidade com o princípio da adstrição, congruência ou correlação. Apesar de constar como causa de pedir a existência de desvio de função, o autor postulou expressamente o pagamento do acúmulo de função, no importe de 20% do salário recebido. Assim, a análise se restringe ao pedido de pagamento de adicional pelo acúmulo de funções, conforme princípio da congruência. Recurso do autor conhecido e não provido.

  • TJ-RJ - APELAÇÃO XXXXX20208190001 202300157466

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    APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO RENOVATÓRIA. CONTRATO DE CESSÃO DE POSSE IMOBILIÁRIA. SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTES OS PEDIDOS DA AUTORA E JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS DA RECONVENÇÃO, CONDENANDO A AUTORA A APRESENTAR A PRESTAÇÃO DE CONTAS REFERENTES AOS SERVIÇOS PRESTADOS NA NO CENTRO INTENSIVO DE TRATAMENTO LOCALIZADO NO IMÓVEL OBJETO DO CONTRATO, NOS MESES DE FEVEREIRO DE 2020 ATÉ A DATA DA EFETIVA DESOCUPAÇÃO DO IMÓVEL, A PAGAR DE EVENTUAIS VALORES DEVIDOS, CONFORME PREVISÃO CONTRATUAL, BEM COMO A DESOCUPAR O IMÓVEL NO PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO. IRRESIGNAÇÃO DE AMBAS AS PARTES. OMISSÃO DA SENTENÇA EM RELAÇÃO AO PEDIDO DE APLICAÇÃO DE MULTA PELA NÃO DESOCUPAÇÃO DO IMÓVEL A PARTIR DA DATA FINAL DO CONTRATO. PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA. ARTIGO 141 DO CPC . SENTENÇA CITRA PETITA. ANULAÇÃO QUE SE IMPÕE. PRECEDENTES DO STJ E DO TJRJ. SENTENÇA QUE SE ANULA DE OFÍCIO. RECURSOS PREJUDICADOS AOS QUAIS SE NEGA CONHECIMENTO.

  • TRT-18 - XXXXX20205180082

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    PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA, OBSERVÂNCIA AOS LIMITES DO PEDIDO. De acordo com o princípio da congruência ou adstrição, o magistrado deve decidir a lide dentro dos limites objetivados pelas partes, não podendo proferir sentença extra , ultra ou infra petita . Nas hipóteses de sentença extra ou ultra petita , não é caso de declarar a nulidade do comando sentencial mas de adequá-lo aos limites da lide. Recurso a que se nega provimento. (TRT18, ROT - XXXXX-14.2020.5.18.0082 , Rel. ELVECIO MOURA DOS SANTOS, OJC de Análise de Recurso, 15/07/2022)

  • TJ-CE - Apelação Cível: AC XXXXX20178060099 Itaitinga

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    APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. DECLARAÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. PEDIDO NÃO FORMULADO NA EXORDIAL. SENTENÇA ULTRA PETITA. INCIDÊNCIA DOS ARTS. 141 E 492 DO CPC . VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA OU DA CORRELAÇÃO. DECOTAÇÃO DO CAPÍTULO QUE EXTRAPOLOU A PRETENSÃO DO AUTOR/APELANTE. NULIDADE PARCIAL RECONHECIDA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO NO SENTIDO DE ANULAR PARCIALMENTE A SENTENÇA. O cerne da controvérsia consiste no pedido de busca e apreensão de veículo dado em alienação fiduciária, no qual o autor/apelante em momento algum requereu a rescisão do contrato firmado entre as partes, mas tão somente a busca e apreensão do veículo dado em garantia, com a consolidação da propriedade do bem. Extrai-se dos autos que, ao julgar pela procedência do pedido o nobre Juiz consolidou o domínio e a posse do bem alienado fiduciariamente nas mãos do requerente, ora apelante, declarando ainda, rescindido o contrato de financiamento. Em observância ao princípio da congruência, o pedido deve ser decidido nos limites em que foi proposto, sob pena de o julgamento ficar além, fora ou aquém do pedido, ou seja, decisão ultra, extra ou citra petita. Conforme o determinado nos artigos 141 e 492 do CPC/15 : A regra da congruência da decisão judicial estabelece que o juiz, ao decidir, deve ater-se aos pedidos das partes e somente a eles, não podendo ir além, para conceder mais ou coisa diversa, nem podendo deixar de analisar qualquer um deles. Impõe-se, assim, à decisão do magistrado, limites subjetivos e objetivos, abrangendo estes últimos os fundamentos de fato da demanda e da defesa bem como os pedidos formulados. Portanto, o julgamento ultra petita fere os princípios do contraditório e do devido processo legal, tendo em vista que o magistrado leva em conta fatos ou pedidos não discutidos no processo, ou ainda, porque vai além do que a parte requereu como foi o caso dos autos. Assim, uma vez que a decisão recorrida ultrapassou os limites da lide, impõe-se o decote da parte da decisão que extrapolou a pretensão do autor contida na exordial. Precedentes. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acorda a 4ª Câmara Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, por unanimidade, em conhecer e dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, que passa a integrar este acórdão. Fortaleza, 11 de outubro de 2022. MARIA DO LIVRAMENTO ALVES MAGALHAES Presidente do Órgão Julgador DESEMBARGADOR JOSÉ EVANDRO NOGUEIRA LIMA FILHO Relator

  • STJ - AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL: AgInt no AREsp XXXXX RJ XXXX/XXXXX-4

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    PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITO À INFORMAÇÃO. OFERTAS PUBLICITÁRIAS. DANO MORAL COLETIVO. AUSÊNCIA DE PEDIDO. LIMITES DO PEDIDO. INTERPRETAÇÃO LÓGICO-SISTEMÁTICA DA PETIÇÃO INICIAL. PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA. CONSONÂNCIA DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE (SÚMULA 83 /STJ). AGRAVO DESPROVIDO. 1. Não há julgamento extra, infra ou ultra petita quando o órgão julgador decide, a partir de uma interpretação lógico-sistemática dos pedidos, dentro dos limites objetivos da pretensão inicial, respeitando o princípio da congruência. Precedentes. 2. No caso, o Tribunal de Justiça não olvidou a possibilidade, em tese, de condenação da demandada em danos morais coletivos. Todavia, não os considerou, a partir de uma interpretação lógico-sistemática dos fundamentos da causa de pedir e dos pedidos, em respeito ao princípio da adstrição, sob o fundamento de que "não houve pedido neste sentido". 3. O entendimento adotado no acórdão recorrido coincide com a jurisprudência assente desta Corte Superior, circunstância que atrai a incidência da Súmula 83 /STJ. 4. Agravo interno a que se nega provimento.

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