Art. 326, § 1, Inc. I da Lei 4737/65 em Jurisprudência

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  • TRE-MG - RECURSO CRIMINAL: RecCrimEleit XXXXX20216130209 PASSOS - MG XXXXX

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    ELEIÇÕES 2020. RECURSOS CRIMINAIS. AÇÃO PENAL. INJÚRIA. ART. 326 C.C. ART. 327 , III , DO CÓDIGO ELEITORAL . LIVE NA INTERNET. CONDENAÇÃO EM CONCURSO MATERIAL, POR SETE VEZES. PERDÃO JUDICIAL. ART. 326 , § 1º , DO CÓDIGO ELEITORAL . Em 13/11/2020, foi transmitido ao vivo pela rede social Facebook, com acesso por várias pessoas, com compartilhamento via WhatsApp, em que teria o agente divulgado ofensas a candidatos ao cargo de Vereador.O art. 326 do Código Eleitoral dispõe sobre o crime de injúria: "Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro". Ponsancini, Silvia Faria, Helder Freire de Almeida, Emerson Sampaio Barbosa, José Augusto Ribeiro Toledo e Caio Rodrigues de Oliveira.As palavras dirigidas pelo agente a algumas pessoas, candidatos a Vereador, por se restringirem às palavras "malandro" e "vacilão" não possuíram aptidão de atingir o decoro ou a dignidade dos candidatos, razão porque a conduta é atípica.De outro lado, as ofensas dirigidas a dois candidatos a Vereador possuíram nível acentuado de gravidade, porque não se limitaram a referências à "malandragem" ou "vacilos", extrapolando os limites da crítica áspera ou descortês para ferir o decoro das vítimas, de forma humilhante.As eleições no município, no ano de 2020, foram marcadas por ofensas recíprocas entre o agente e os candidatos a Vereador que originalmente lhe apoiavam e que, posteriormente, deixaram de integrar sua basepolítica. Essas circunstâncias, contudo, não atendem aos requisitos necessários para aplicação do art. 326 , § 1º , I e II , do Código Eleitoral . Embora o art. 326 , § 1º , I , do Código Eleitoral , não contenha a palavra "imediata", é característica essencial de ambas as hipóteses da proximidade temporal entre as ofensas recíprocas, o que não foi comprovado. Perdão judicial afastado.SEGUNDO RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE para absolver o agente dos crimes de injúria dirigidas a algumas pessoas, com base no art. 386 , III , do CPP .PRIMEIRO RECURSO PROVIDO para cassar o trecho da sentença que determinou o perdão da pena quanto aos crimes de injúria cometidos em face de Isabel Pereira e Caio Oliveira. Determinação de retorno dos autos ao Juízo Eleitoral de origem para que o Magistrado faça a adequada dosimetria da pena.

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  • TRE-CE - Recurso Criminal: RC 38384 ACOPIARA - CE

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    Recurso Criminal. Difamação eleitoral. Imputação de fato ofensivo à reputação. Art. 325 do Código Eleitoral . Delito caracterizado. Injúria eleitoral. Ofensa à dignidade ou ao decoro. Art. 326 do Código Eleitoral . Delito caracterizado. aplicação da Isenção de pena para o delito de injúria eleitoral. Art. 326 , § 1º do Código Eleitoral . impossibilidade de isenção de pena pelo crime de difamação eleitoral. Retratação. Aplicação subsidiária do art. 143 , caput, do Código Penal . Impossibilidade. Ausência de previsão da retratação para o crime de difamação no Código Eleitoral . Manutenção da condenação pelo crime de difamação. Reforma das sanções aplicadas. Recurso conhecido e parcialmente provido. 1. Denúncia ofertada com fundamento nos artigos 325 e 326 do Código Eleitoral , respectivamente, difamação e injúria eleitoral, em razão de ofensas proferidas pelo Recorrente, à época Prefeito do município de Acopiara, em face do, à época, candidato ao cargo de Vice-Prefeito da Chapa adversária. As supostas ofensas foram divulgadas em comício realizado pelo candidato ao cargo de Prefeito que contava com o apoio do Recorrente no pleito de 2012. 2. O Magistrado reconheceu a materialidade e autoria de ambos os tipos penais, entretanto deixou de aplicar a pena pelo crime de injúria em razão de ter a vítima provocado, de forma reprovável, a ofensa tendo em vista que realizou comentários ofensivos sobre o pai do acusado. Por fim, o Magistrado condenou o Recorrente a pena definitiva de 4 (quatro) meses de detenção e 13 (treze) dias-multa, substituindo, ao final, a pena privativa de liberdade por multa. 3. Cabe conceituar ambos os delitos em comento para melhor apreciação do feito, assim a difamação consiste em imputar a uma pessoa uma determinada conduta que macule a sua honra perante a sociedade, sem que essa conduta seja definida como ilícito penal. Não importando se a conduta imputada é ou não verdade, a mera imputação já configura o delito em questão. O que restou caracterizado nos autos nas expressões "Um gigolô que vivia nos custos (sic) da Dra. Sheila e a Dra. Sheila se cansou dele. [¿] Um gigolô sem futuro que vive em casa de jogo não tem moral para falar do saudoso Chico Sobrinho". 4. Por sua vez, na injúria imputa-se ao ofendido uma conduta que não macula sua imagem perante a sociedade, mas que lhe ofende a própria honra subjetiva. Na espécie, configurada nas expressões "aí vem uma pessoa que a gente não sabe de onde veio, que é candidato a vice do outro lado. A gente não sabe quem é o pai. A gente não sabe quem é a mãe dele. Parece até que ele é filho de chocadeira.¿ 5. No tocante a injúria, na espécie, restou esta configurada nos autos, entretanto, conforme sentença do Magistrado a quo, percebe-se que a própria vítima provocou diretamente a injúria, já que, de forma reprovável, efetuou comentários ofensivos sobre o pai do ora Recorrente em ocasiões anteriores, restando, portanto, constatados os requisitos para aplicação da isenção de pena pelo delito de injúria eleitoral, conforme prevê o art. 326 , § 1º , inciso I do Código Eleitoral . 6. Já com relação à difamação eleitoral, esta também resta comprovada nos autos, entretanto, convém destacar que, diferentemente da difamação do Código Penal , a difamação eleitoral não admite a retratação, já que a finalidade do referido delito é influenciar os eleitores, bem como o resultado das eleições. Dessa forma, mesmo havendo retratação, esta não tem o condão de excluir o crime de difamação na seara eleitoral, tendo em vista seus efeitos irreversíveis. 7. Acerca da dosimetria da pena de multa, constata-se que o Magistrado, equivocadamente, aplicou a pena mínima de 10 (dez) dias multa constante do art. 49 , Código Penal , quando deveria ter aplicado o disposto no art. 325 , Código Eleitoral , tendo este previsão específica acerca da multa mínima a ser aplicada que é de 5 (cinco) dias-multa. Concluindo-se que a intenção do Magistrado foi a aplicação da sanção prevista para o crime em comento em seu patamar mínimo, e não havendo prejuízo para o acusado, deve a referida multa ser reduzida para 5 (cinco) dias-multa nos termos do art. 325 do Código Eleitoral aplicável ao caso, já que o Código Penal se aplica, tão somente, de forma subsidiária, não sendo o caso dos presentes autos. Por fim, considerando o acréscimo de 1/3 (um terço) em razão de o crime ter sido cometido na presença de várias pessoas (art. 327 , III , Código Eleitoral ), resta, portanto, fixar a pena pecuniária em 6 (seis) dias-multa, sendo o dia-multa estabelecido no valor de 5/30 (cinco trinta avos) do salário-mínimo vigente à época do fato, conforme já estabelecido pelo Juízo a quo. 8. Já no tocante à pena privativa de liberdade convém pontuar que o Magistrado de 1º grau procedeu a sua substituição por uma pena de multa. Entretanto, cabe destacar que o Superior Tribunal de Justiça, em sua Súmula nº 171 , dispõe que ¿cominadas cumulativamente, em lei especial, penas privativa de liberdade e pecuniária, é defeso a substituição da prisão por multa¿, concluindo-se, assim, pela impossibilidade de substituição da pena em comento. Ocorre, entretanto, que não houve recurso da Promotoria Eleitoral, tão pouco neste quesito, mas tão somente do ora Recorrente. Dessa forma, em respeito ao princípio do non reformatio in pejus (art. 617 , CPP ), apesar de equivocada neste ponto a sentença do Juízo a quo, deve a referida substituição ser mantida. 9. Por fim, convém destacar, ainda, que o Magistrado, ao fixar a multa decorrente da substituição, deixou de estabelecer a quantidade de dias-multa (art. 325 , Código Eleitoral ), mencionando apenas o valor do dia-multa em 10/30 (dez trinta avos) do salário-mínimo vigente à época do fato delituoso. Mais uma vez, apesar de se ter conhecimento de que é vedado ao Poder Judiciário a aplicação de pena aquém do quantum mínimo determinado em lei, mais uma vez se torna impossível a reforma da sentença neste tocante, em observância, mais uma vez, ao princípio do non reformatio in pejus (art. 617 , CPP ), devendo o valor de 10/30 (dez trinta avos) do salário-mínimo vigente à época do fato delituoso ser considerado como valor final da multa em decorrência da substituição da pena privativa de liberdade por pena de multa. 10. Recurso conhecido e parcialmente provido, apenas para reformar as sanções aplicadas, restando a condenação definitiva restrita a uma pena de multa de 6 (seis) dias-multa, sendo o dia-multa estabelecido no valor de 5/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, e, cumulativamente, tendo em vista a substituição realizada, a outra pena de multa no valor de 10/30 (dez trinta avos) do salário-mínimo vigente à época do fato delituoso, tudo em observância ao princípio non reformatio in pejus (art. 617 , CPP ).

  • TRE-MG - HABEAS CORPUS: HC XXXXX PASSOS - MG

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    Caso não seja este o entendimento, que seja possibilitado o oferecimento de suspensão condicional do processo ou absolvição sumária em relação à vítima Emerson Barbosa, conforme art. 326 , § 1º , I e II... Caso não seja este o entendimento, que sejam possibilitados o oferecimento de suspensão condicional do processo ou absolvição sumária em relação à vítima Emerson Barbosa, conforme art. 326 , § 1º , I e... A despeito do tipo penal referir-se a crime contra a honra, a parte ativa do processo é o próprio membro do parquet, visto que, segundo o art. 355 do Código de Eleitoral (Lei 4.737 /65), "as infrações

  • TRE-MG - RECURSO CRIMINAL ELEITORAL: RecCrimEleit XXXXX20216130209 PASSOS - MG XXXXX

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    ELEIÇÕES 2020. RECURSOS CRIMINAIS. AÇÃO PENAL. INJÚRIA. ART. 326 C.C. ART. 327 , III , DO CÓDIGO ELEITORAL . LIVE NA INTERNET. CONDENAÇÃO EM CONCURSO MATERIAL, POR SETE VEZES. PERDÃO JUDICIAL. ART. 326 , § 1º , DO CÓDIGO ELEITORAL . Em 13/11/2020, foi transmitido ao vivo pela rede social Facebook, com acesso por várias pessoas, com compartilhamento via WhatsApp, em que teria o agente divulgado ofensas a candidatos ao cargo de Vereador. O art. 326 do Código Eleitoral dispõe sobre o crime de injúria: "Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro". Ponsancini, Silvia Faria , Helder Freire de Almeida , Emerson Sampaio Barbosa , José Augusto Ribeiro Toledo e Caio Rodrigues de Oliveira . As palavras dirigidas pelo agente a algumas pessoas, candidatos a Vereador, por se restringirem às palavras "malandro" e "vacilão" não possuíram aptidão de atingir o decoro ou a dignidade dos candidatos, razão porque a conduta é atípica. De outro lado, as ofensas dirigidas a dois candidatos a Vereador possuíram nível acentuado de gravidade, porque não se limitaram a referências à "malandragem" ou "vacilos", extrapolando os limites da crítica áspera ou descortês para ferir o decoro das vítimas, de forma humilhante. As eleições no município, no ano de 2020, foram marcadas por ofensas recíprocas entre o agente e os candidatos a Vereador que originalmente lhe apoiavam e que, posteriormente, deixaram de integrar sua base política. Essas circunstâncias, contudo, não atendem aos requisitos necessários para aplicação do art. 326 , § 1º , I e II , do Código Eleitoral . Embora o art. 326 , § 1º , I , do Código Eleitoral , não contenha a palavra "imediata", é característica essencial de ambas as hipóteses da proximidade temporal entre as ofensas recíprocas, o que não foi comprovado. Perdão judicial afastado. SEGUNDO RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE para absolver o agente dos crimes de injúria dirigidas a algumas pessoas, com base no art. 386 , III , do CPP . PRIMEIRO RECURSO PROVIDO para cassar o trecho da sentença que determinou o perdão da pena quanto aos crimes de injúria cometidos em face de Isabel Pereira e Caio Oliveira . Determinação de retorno dos autos ao Juízo Eleitoral de origem para que o Magistrado faça a adequada dosimetria da pena.

    Encontrado em: Essas circunstâncias, contudo, não atendem aos requisitos necessários para aplicação do art. 326 , § 1º , I e II , do Código Eleitoral... c/c 327 , III , do Código Eleitoral , em concurso material, e concede o perdão judicial da pena, nos termos do art. 326 , § 1º , I , do mesmo diploma legal... Embora o art. 326 , § 1º , I , do Código Eleitoral , não contenha a palavra "imediata", é característica essencial de ambas as hipóteses da proximidade temporal entre as ofensas recíprocas, o que não foi

  • TRE-CE - Recurso Criminal: RC XXXXX20126060000 ACOPIARA - CE 38384

    Jurisprudência • Decisão • 

    oportunidades, requerendo a declaração de extinção da punibilidade com base no art. 326 , § 1º , I , do Código Eleitoral... Quanto a esse delito, portanto, não será aplicada qualquer pena a ele, nos termos do art. 326 , § 1º , I , do Código Eleitoral . 3... Conforme o disposto no art. 326 , § 1º , I , do Código Eleitoral , deixo de aplicar a pena ao acusado no que concerne ao crime capitulado no art. 326 , do mesmo codex. 3.1

  • TRT-1 - ATOrd XXXXX20185010030 TRT01

    Jurisprudência • Sentença • 

    O Tribunal Superior Eleitoral, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 23 , inciso IX , do Código Eleitoral e o art. 105 da Lei nº 9.504 , de 30 de setembro de 1997, resolve expedir a seguinte instrução... Não será tolerada propaganda, respondendo o infrator pelo emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso de poder ( Código Eleitoral , arts. 222 , 237 e 243 , incisos I a IX ; Lei... 1º Sem prejuízo do processo e das penas cominadas, a Justiça Eleitoral adotará medidas para impedir ou fazer cessar imediatamente a propaganda realizada com infração do disposto neste artigo ( Código Eleitoral

  • TSE - RECURSO ESPECIAL ELEITORAL: REspEl 38384 ACOPIARA - CE

    Jurisprudência • Acórdão • 

    ELEIÇÕES 2012. AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. CRIME ELEITORAL. DIFAMAÇÃO. ART. 325 DO CÓDIGO ELEITORAL . PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA CONDENATÓRIA. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA POR MULTA. PRAZO PRESCRICIONAL. CONTAGEM SEGUNDO O QUANTUM DE SANÇÃO IMPOSTA AO ACUSADO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO PARA AMBAS AS PARTES. PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA (ART. 357 DO CE). PRAZO IMPRÓPRIO. OMISSÃO DA CORTE REGIONAL. AUSÊNCIA. DEMAIS TESES RECURSAIS. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA Nº 72 /TSE. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DAS TESES PRELIMINARES. MANUTENÇÃO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A reiteração das teses preliminares arguidas no recurso especial, sem infirmar os fundamentos adotados na decisão monocrática, importa em ofensa ao princípio da dialeticidade e enseja a manutenção desta pelos fundamentos nela consignados, conforme se extrai da S. 26 deste Tribunal Superior Eleitoral. 2. A condenação à pena de detenção de 4 (quatro) meses cumulada com a pena de multa, atrai a aplicação dos arts. 109 , inciso VI e 114 , inciso II , ambos do Código Penal , para fixar o prazo prescricional em 3 (três) anos. 3. A substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito, consistente no pagamento de outra multa não altera o cálculo prescricional, eis que deve–se considerar o prazo da pena privativa de liberdade substituída. 4. O termo a quo da prescrição da pretensão executória é o trânsito em julgado para ambas as partes, conforme entendimento consolidado pelo STF e esta Corte Superior. 5. O prazo legal para oferecimento da denúncia pelo Ministério Público constitui prazo impróprio, cuja inobservância não enseja preclusão. 6. As teses de mérito, relativas à legítima defesa da honra e incidência da atenuante referente à violenta emoção seguida de injusta provocação da vítima, não foram devolvidas pelo competente recurso criminal para serem analisadas pelo TRE de origem faltando–lhes, portanto, cumprir o requisito do prequestionamento. Súmula nº 72 /TSE. 7. Agravo interno a que se nega provimento.

  • TSE - Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral: REspEl XXXXX20166060000 ACOPIARA - CE 38384

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    ELEIÇÕES 2012. AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. CRIME ELEITORAL. DIFAMAÇÃO. ART. 325 DO CÓDIGO ELEITORAL . PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA CONDENATÓRIA. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA POR MULTA. PRAZO PRESCRICIONAL. CONTAGEM SEGUNDO O QUANTUM DE SANÇÃO IMPOSTA AO ACUSADO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO PARA AMBAS AS PARTES. PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA (ART. 357 DO CE). PRAZO IMPRÓPRIO. OMISSÃO DA CORTE REGIONAL. AUSÊNCIA. DEMAIS TESES RECURSAIS. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA Nº 72 /TSE. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DAS TESES PRELIMINARES. MANUTENÇÃO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A reiteração das teses preliminares arguidas no recurso especial, sem infirmar os fundamentos adotados na decisão monocrática, importa em ofensa ao princípio da dialeticidade e enseja a manutenção desta pelos fundamentos nela consignados, conforme se extrai da S. 26 deste Tribunal Superior Eleitoral. 2. A condenação à pena de detenção de 4 (quatro) meses cumulada com a pena de multa, atrai a aplicação dos arts. 109 , inciso VI e 114 , inciso II , ambos do Código Penal , para fixar o prazo prescricional em 3 (três) anos.3. A substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito, consistente no pagamento de outra multa não altera o cálculo prescricional, eis que deve–se considerar o prazo da pena privativa de liberdade substituída.4. O termo a quo da prescrição da pretensão executória é o trânsito em julgado para ambas as partes, conforme entendimento consolidado pelo STF e esta Corte Superior.5. O prazo legal para oferecimento da denúncia pelo Ministério Público constitui prazo impróprio, cuja inobservância não enseja preclusão.6. As teses de mérito, relativas à legítima defesa da honra e incidência da atenuante referente à violenta emoção seguida de injusta provocação da vítima, não foram devolvidas pelo competente recurso criminal para serem analisadas pelo TRE de origem faltando–lhes, portanto, cumprir o requisito do prequestionamento. Súmula nº 72 /TSE.7. Agravo interno a que se nega provimento.

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