APELAÇÃO CRIMINAL. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. I - ABSOLVIÇÃO. ERRO DE PROIBIÇÃO. DESACOLHIMENTO. Provadas a materialidade e autoria do crime de posse irregular de arma de fogo, não há falar-se em absolvição por erro de proibição, notadamente porque o apelante confessou que, voluntária e conscientemente, adquiriu a arma e as munições provenientes de herança, caindo por terra a tese defensiva no sentido de que o réu desconhecia a ilicitude de sua conduta. II - DESCONSIDERAÇÃO DA REINCIDÊNCIA. INVIABILIDADE. O pedido de afastamento da agravante insculpida no art. 61 , inc. I do CP deve ser desacolhido, pois o réu, conforme informação de antecedentes criminais, possui condenação transitada em julgado anterior ao fato ora em discussão. III - REDUÇÃO DA PENA BASE PARA O MÍNIMO LEGAL. POSSIBILIDADE. Possível, tendo em vista a ausência de circunstâncias judiciais desfavoráveis/negativas ao réu. IV - PENA PECUNIÁRIA. PROPORCIONALIDADE. Visando guardar proporcionalidade com a pena privativa de liberdade, reduz-se a pena de multa. V - CONVERSÃO DA PENA CORPÓREA POR RESTRITIVA DE DIREITOS E CONCESSÃO DO SURSIS. REJEIÇÃO. Benesses rejeitadas, por se tratar de sentenciado reincidente (descumprimento do disposto no art. 44, inc. II e art. 77, inc. I, ambos do Estatuto Repressivo). APELO CONHECIDO E DESPROVIDO. DE OFÍCIO, PENA BASE REDIMENSIONADA PARA O MÍNIMO LEGAL.