Carrefour terá que destinar R$ 68 milhões para bolsas de estudos para estudantes negros
O grupo empresarial Carrefour assinou um termo de ajustamento de conduta com o MPF, MPRS, DPU e a DPRS onde ficou definido que o grupo deverá destinar R$ 68 milhões para o pagamento de mais de 800 bolsas de estudo e permanência para pessoas negras em instituições de ensino superior de todo o Brasil, para reparar os danos morais coletivos como consequência da morte de João Alberto Silveira de Freitas, um homem negro espancado em um supermercado da rede, em Porto Alegre/RS, em 2020. O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul, Enrico de Freitas, afirma que o acordo traz consequências jurídicas importantes, como a reparação por dano moral e a responsabilização da empresa por violar direitos humanos. "Aquele ato se concretizou justamente porque era uma pessoa negra. Se fosse um homem branco, ele não seria tratado daquela forma. E esse caso é emblemático justamente porque se reconheceu, e se reconhece, que, naquela circunstância, houve um ato de discriminação racial, que