Abro com Platão, no Menom: Ninguém pode indagar o que sabe nem o que não sabe, porque não pesquisaria o que não sabe, pois já o sabe, nem investigaria o que não sabe, porque não saberia sequer o que deve ser investigado. Boa lição para o que se escreve sobre a verdade no direito... Esse Platão... Então, sigo. Vimos a parte I de O Cego de Paris , depois a parte II, o retorno , e, agora, a parte final, a missão. Sim, porque a aventura dos juristas em busca da verdade (real) é como caçar a arca perdida. Já vimos isso em Nucci; agora sigo com outros autores. Antes de tudo, quero grifar os caminhos filosóficos que devem ser trilhados e conhecidos para chegar ao local da arca (e descobrir, talvez, que ela nem exista, pelo menos como os antigos e modernos pensavam). O sujeito da modernidade é descoberta de Descartes. Aquilo que se mostrava nos sofistas ou no nominalismo ainda não é o sujeito. Ainda na modernidade, Kant mostra a impossibilidade da apreensão da coisa em si. O que precisamos para