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30 de Abril de 2024

Fundação Palmares quer lançar iniciativa para promover cultura quilombola

Publicado por Câmara dos Deputados
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Representantes da Fundação Palmares informaram que existem 1711 comunidades remanescentes de quilombos. A Fundação Cultural Palmares quer lançar em outubro iniciativa para promover a cultura quilombola em todo o País. O anúncio foi feito nesta quarta-feira durante o seminário Quilombo Vivo: Promover e proteger o patrimônio cultural quilombola organizado pela Comissão de Educação e Cultura e a Fundação Palmares. Existem, atualmente, 1711 comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas pelo órgão

Segundo o presidente da instituição, vinculada ao Ministério da Cultura, Elói de Araújo, o Quilombo Cultural quer traduzir as ideias de manifestações culturais que os quilombos têm em benefícios econômicos.

Ele informa que serão criadas ações que estimulem o empreendedorismo nas comunidades quilombolas, como restaurantes e pousadas. Todos esses elementos envolvidos e darão condição de emancipação da comunidade do ponto de vista econômico. O anúncio oficial será feito pelo Ministério da Cultura no final de outubro ou início de novembro.

O secretário executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortiz, disse que a dificuldade do governo é conciliar as necessidades de desenvolvimento e crescimento do País com a preservação de culturas tradicionais como a quilombola. Temos que conseguir superar a aparente contradição entre o desenvolvimento de infraestrutura e a preservação, afirmou.

Questão fundiária

Se percebermos a comunidade quilombola só por conta da questão fundiária não percebemos a questão geral como tal, disse o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Palmares, Alexandre Reis, em resposta a representantes de quilombos de Pernambuco, Minas Gerais e Goiás que solicitaram maior empenho para agilizar a regularização fundiária das comunidades.

O diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Andrey Rosenthal, reconheceu que o órgão ainda tem dificuldade em dialogar com as comunidades quilombolas na hora de analisar a possibilidade de tombamento ou não. Os problemas do IPHAN nascem de uma visão ainda fechada. Temos o compromisso de renovação institucional.

Os deputados Domingos Dutra (PT-MA) e Eudes Xavier (PT-CE) afirmaram que garantir a proteção da cultura quilombola é um passo para levar à conquista do território. Temos que ter a mesma velocidade de garantir a proteção da cultura e garantir a titulação dos territórios, disse Dutra. Segundo ele, isso explicaria a ação de fazendeiros ao destruir construções de quilombos para apagar os vestígios culturais e dificultar o reconhecimento do território e a legalização da propriedade.

O evento, sugerido pelos deputados Luiz Alberto (PT-BA), Vicentinho (PT-SP) e Fátima Bezerra (PT-RN), continua na tarde de hoje com palestras sobre a proteção e promoção das criações artísticas, dos bens culturais e dos registros da memória das comunidades quilombolas e nesta quinta-feira (15) sobre o desenvolvimento da economia e a implementação de políticas públicas nessas regiões.

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