Goleiro Mão é chamado de "macaco" por uruguaio e lamenta: "Muito triste"
Jogador é ofendido em partida da seleção brasileira em torneio na Venezuela
O racismo no futebol não está só nos gramados, mas na praia também. O goleiro Mão, da seleção brasileira de futebol de areia e do Corinthians, relatou ter sido chamado de “negrito” e “macaco” por um jogador do Uruguai, na noite desta quarta-feira, em partida válida pelos Jogos Sul-Americanos de Praia, em Vargas, na Venezuela. Mão descreveu o caso nas redes sociais. Ele contou que esta foi a primeira vez em 14 anos como profissional que ouviu ofensas racistas.
- Lamentável racismo no Beach Soccer. Estou muito triste com essa situação. Ser chamado de negrito e macaco por um uruguaio foi uma da minhas maiores tristezas dentro do esporte. Catorze anos como profissional e é a primeira vez que isso me acontece. Continuarei seguindo firme, lutando pelo meu país (BRASIL) e estado (ES) que tanto amo. Lutarei com todas as minhas forças contra essa atitude repugnante - escreveu o goleiro, que recebeu mensagens de apoio em sua página no Facebook.
Nos últimos meses, alguns casos de racismo voltaram a assombrar o futebol. O meia Tinga, do Cruzeiro, foi hostilizado por torcedores peruanos na Libertadores. Na Espanha, o lateral Daniel Alves, do Barcelona e da Seleção Brasileira, reagiu depois que um torcedor atirou uma banana no gramado. Ele a pegou e comeu antes de cobrar o escanteio. No treino da Itália, o atacante Balotelli foi mais uma vítima de preconceito racial.
Depois de golear o Peru por 11 a 1 na estreia da competição, o Brasil venceu o Uruguai por 9 a 3 na segunda rodada do Grupo B. Agora a seleção encara a Argentina.