Intolerância: Terreiro de Candomblé é destruído e religiosos são expulsos
Na última segunda-feira (25/03), um terreiro de candomblé em Nova Iguaçu (RJ) foi invadido e destruído. Religiosos participantes contam que foram expulsos por traficantes da região para que o lugar seja transformado em uma base para os criminosos.
De acordo com as autoridades, utensílios para oferendas foram quebrados, o altar, desmontado, e os criminosos chegaram a colocar fogo em alguns espaços.
Segundo representantes do terreiro, o local já havia sido invadido no ano passado, quando o tráfico os impediu de fazer qualquer tipo de manifestação religiosa. A ordem foi atendida, mas, mesmo assim, a casa foi tomada novamente.
O babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, diz que em 2018 foram 30 registros de ataques a terreiros só na Baixada Fluminense.
"Quem é que vai indenizar essa família? A segurança é uma responsabilidade do estado", destacou Ivanir.
De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, o caso foi registrado como violação de domicílio, constrangimento ilegal, dano e furto – além do Artigo 20 da Lei Caó, que trata de racismo.
Carlos Alberto Caó Oliveira, jornalista e ex-deputado que morreu neste domingo (4), aos 76 anos, deu nome à Lei Caó, que define os crimes por preconceito de raça ou de cor e os tornou imprescritíveis na Constituição Federal.
Carlos Alberto Caó Oliveira, jornalista e ex-deputado que morreu aos 76 anos, deu nome à Lei Caó, que define os crimes por preconceito de raça ou de cor e os tornou imprescritíveis na Constituição Federal.
Em vida foi reconhecido por seu trabalho na imprensa como repórter e editor de política e economia e por suas contribuições à Constituinte de 1987 e 1988.