Juíza de Goianésia decreta prisão preventiva de médico que abusava de pacientes
A juíza Lorena Cristina Aragão Rosa, da comarca de Goianésia, decretou a prisão preventiva de médico que se aproveitava do posto de ginecologista para abusar sexualmente de pacientes. Ele tem dupla nacionalidade boliviana e brasileira, mas é registrado no Conselho Regional de Medicina de Goiás. O caso corre em segredo de justiça.
O ginecologista atendia no hospital municipal da cidade e também em Barro Alto. Ele responde a inquérito policial instaurado depois que três vítimas o denunciaram pelo crime, previsto no artigo 215 do Código Penal. Segundo a magistrada, a prisão foi decretada não pelo fato do indiciado ter dupla nacionalidade e isso representar risco de fuga, mas em razão da gravidade dos fatos noticiados pelas vítimas e, principalmente, por considerar que os crimes dos quais está sendo acusado envolve o exercício da profissão, existindo risco concreto de reiteração.
Considero que a natureza do crime cometido, a induzir a conclusão quanto a existência de transtorno sexual, tornam a manutenção do investigado de situação extremamente perigosa, pelo risco de reiteração criminosa, concluiu Lorena. Ela considerou, também, que o fato do profissional ter se aproveitado da função pública para facilitação da conduta criminosa, violando os deveres, responsabilidades e compromissos inerentes ao cargo ocupado, impõem também a medida aplicada.