EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - ACIDENTE DE TRÂNSITO - SUB-ROGAÇÃO - SEGURADORA - RESSARCIMENTO DE VALOR DESPENDIDO COM CONSERTO DO VEÍCULO SEGURADO - PROVA PERICIAL E EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO - CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO OCORRÊNCIA - PRELIMINAR REJEITADA - RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA - CAUSADOR DO ABALROAMENTO - BOLETIM DE OCORRÊNCIA - PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE - AUSÊNCIA DE PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO - ÔNUS DO RÉU - ART. 373 , II , DO CPC - SENTENÇA MANTIDA. - Quando a prova pericial requerida não se revela imprescindível para o desate da demanda, ou não é apta a esclarecer a controvérsia, o seu indeferimento não importa cerceamento de defesa - Considera-se precluso o direito da parte à produção de provas não manifestadas no momento oportuno, qual seja, o ato da intimação para especificação das provas que pretende produzir, mesmo no caso de terem sido requeridas na inicial ou contestação - À luz do disposto no art. 786 do CC e da Súmula 188 do STF, pode o segurador ajuizar ação regressiva contra o causador do dano visando ao ressarcimento do que efetivamente pagou, até o limite previsto no contrato de seguro - Para que se verifique a responsabilidade civil por danos patrimoniais e morais é necessária a presença simultânea de quatro elementos essenciais: conduta (comissiva ou omissiva), dano, nexo causal e o elemento subjetivo consistente na culpa - O boletim de ocorrência goza de presunção relativa de veracidade que, para ser elidida, necessita de prova idônea em sentido contrário - Nos termos do artigo 373 do CPC , o ônus da prova incumbe ao autor, quanto aos fatos constitutivos de seu direito, cabendo ao réu a prova dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito daquele. Não tendo o réu se desincumbido do ônus que lhe cabe e, em contrapartida, encontrando-se bem instruída a exordial, deve-se manter a sentença que julgou procedente a pretensão autoral.