ACÓRDÃO Nº APELAÇÃO PENAL – 1ª TURMA DE DIREITO PENAL ; text-justify: inter-ideograph; li ne-height: 150%; mso-página tion: widow-orphan; mso-layout-grid-align: auto; text- autospace: ideograph-numeric ideograph-other; mso-vert ical-align-alt: auto;" > rong style= "mso-bidi-font-weight: normal;"> PROCESSO Nº 0003686-63.2013.814.0071 COMARCA DE ORIGEM: BRASIL NOVO APELANTE: ALCI COLARES CALDAS REPRESENTANTE: BEATRIZ VILHENA DE MENDONÇA APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA DE JUSTIÇA: RICARDO ALBUQUERQUE DA SILVA RELATORA: DESEMBARGADORA ROSI MARIA GOMES DE FARIAS EMENTA APELAÇÃO CRIMINAL. SUBMETER, INDUZIR OU ATRAIR À PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE MENOR DE 18 (DEZOITO) ANOS DE IDADE (ART. 218-B, § 2º, I, DO CÓDIGO PENAL) 1. DA ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS QUANTO AO CRIME TIPIFICADO NO ART. 218-B, § 2º, I, DO CPB. Não há de se falar em absolvição quando a condenação encontra suporte na firme palavra da vítima. A materialidade e autoria delitivas sobejamente comprovadas pelas provas colhidas em juízo, sob o crivo do contraditório, que inclui as declarações uníssonas e harmônicas da vítima, com o depoimentos da testemunha, afastando-se, pois, a aplicação do princípio in dubio pro reo. Os crimes sexuais, em sua maioria, ocorrem sem a presença de qualquer testemunha, de forma que a palavra da vítima, corroborada pelas demais provas nos autos, é suficiente para um decreto condenatório. n> ss="MsoNormal" style="margin-left: 42.55pt; text-align: justify; text-justify: in ter-ideograph; line-height: 150%; text-autospace: none;"> 2. DA ATIPICIDADE DE CONDUTAE. TESE REJEITADA. É cediço para que se configure o crime tipificado no art. 218-B, § 2º, I, DO CPB, deve o agente praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso com pessoa menor de 18 anos e maior de 14 anos, no contexto de prostituição ou outra forma de exploração sexual.Dessa forma, a conjunção carnal e/ou a prática de outros atos libidinosos consentido com adolescentes com idade entre 14 e 18 anos, somente constituirá o crime do art. 218-B do CP , quando demonstrado que o acusado submeteu, induziu ou atraiu o menor para prostituição ou exploração sexual, o que restou evidente nos autos, configurando a conduta delitiva do réu. 3. DA NEGATIVA DO RÉU . TESE REJEITADA. Embora o réu tenha negado a autoria do crime, as declarações do ofendido e do investigador da polícia civil, prestadas em juízo, contradizem os argumentos da defesa, observa-se que os relatos prestados pela vítima e testemunha foram contundentes, coesos e harmônicos, esclarecendo a dinâmica do delito. Recurso CONHECIDO e IMPROVIDO. ACÓRDÃO Vistos, etc. Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Penal, por unanimidade, conhecer do recurso, e no mérito im provido , nos termos do voto da Relatora. Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos vinte e seis dias do mês de outubro de dois mil e vinte e um. Julgamento presidido pela Excelentíssima Senhora Desembargadora Vania Lucia Silveira . Belém/PA, 26 de outubro de 2021. Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS Relatora