TJ-MG - Apelação Cível: AC XXXXX20178130024
EMENTA: APELAÇÃO. DESCONTOS NOS PROVENTOS DA AUTORA. CONTRATAÇÃO NÃO EFETIVADA POR ELA. FRAUDE CONSTATADA. PERICIA GRAFOTECNICA. PROCEDENCIA DO PEDIDO. DEVOLUÇÃO DE FORMA DOBRADA. IMPOSSIBILIDADE. AUSENCIA DE MÁ FÉ DO BANCO. CODECON. CULPA DO PRESTADOR DO SERVIÇOS. DANOS MORAIS. VALOR RAZOÁVEL. MANUTENÇÃO. Se o requerido não comprova a contratação com o autor, ou se confirma a possibilidade de a contratação ter se dado por fraude, isso leva à declaração de nulidade do contrato. Diante disso, se não houve a contratação e isso causou danos à autora, erige-se a obrigação indenizatória pelos danos morais, que neste caso não necessita ser comprovado. É ele presumido. O valor arbitrado deve ser mantido quando justo e razoável. A devolução de forma dobrada de valores descontados de forma indevida dos proventos da autora, só pode ser autorizada se existir a má fé da instituição financeira, o que não se comprova se existiu a comprovação apenas a má fé do fraudador.