A experiência de vestiário revelou-me a atração que os atletas de futebol provocam à mídia. Não é por acaso. Seguramente mais de sessenta por cento dos espaços são dedicados à cobertura do esporte. Lembro de uma ocasião em que um jogador do Internacional havia sofrido um acidente que resultou em um ferimento na mão, provocado por um copo quebrado. Detalhe: ela estava de folga. Na entrevista coletiva, quando me dei conta, estava diante de um arremedo de tribunal de inquisição. Comentários acerca do estado civil do jogador, indagações quanto ao ambiente no qual estaria, etc. Utilizando uma figura, apontei a necessidade da consideração do padrão médio de comportamento e não os dos extremos. No caso do Internacional, o atleta em questão participou de grandes e inesquecíveis conquistas. Lembro de ter sido criticado ao afirmar: “Isso aqui não é time do seminário e nem pode ser o do presídio” . Neymar Jr. tem 26 anos e, graças ao seu inegável talento, tem muito sucesso, inclusive financeiro. Tem