TJ-MG - Apelação Criminal: APR XXXXX20178130166
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. VILIPÊNDIO A CADÁVER. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS COMPROVADAS. DOLO ESPECÍFICO DEMONSTRADO. CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL CORROBORADA POR PROVAS JUDICIAIS. RESPEITO À REGRA DO ART. 155 DO CPP . DOSIMETRIA DA PENA. REANÁLISE DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS PREVISTAS NO ART. 59 DO CP . SUBSTITUIÇÃO DA PENA CORPORAL POR ALTERNATIVAS. INTELIGÊNCIA DO ART. 44 , § 4º DO CP . APLICAÇÃO DE APENAS UMA REPRIMENDA RESTRITIVA DE DIREITOS. OFICIAR. 1. Restando demonstrado pelo acervo probatório colhido sob o crivo do contraditório, confirmando os elementos investigativos, a materialidade e autoria delitivas, assim como o dolo específico exigido no tipo penal, deve ser mantido o édito condenatório. 2. Revelado pelo contexto probatório que a ré divulgou as imagens do cadáver com o intuito de aviltá-lo, fica demonstrado o elemento subjetivo exigido pelo art. 212 do CP . 3. A pena-base deve ser fixada em montante suficiente ao necessário para reprovar e prevenir o crime, de acordo com a análise das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal , feita segundo critérios concretos. 4. Nos termos do art. 44 , § 2º do CP , a pena corporal igual ou inferior a 01 ano deve ser substituída por multa ou uma restritiva de direitos. 5. Oficiar. V.V. - A atribuição de mácula à circunstância judicial tida como favorável ou neutra na sentença primeva, in casu, as circunstancias do crime, caracteriza reformatio in pejus em recurso exclusivo da defesa.