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10 de Maio de 2024
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    Reflexos da crise financeira não chegam às grandes bancas

    há 16 anos

    Os escritórios de advocacia brasileiros não foram atingidos, pelo menos por enquanto, pela crise financeira global, que já levou à falência do banco norte-americano Lehmann Brothers e prejuízos bilionários em todo o mundo. Segundo advogados dos principais escritórios do País, operações de fusões e aquisições seguem em alta e apenas o mercado de capitais e operações de IPOs (abertura do capital acionário) estão sentindo os reflexos da crise.

    Otimistas, eles garantem que a previsão de crescimento para este ano será mantida e continuam contratando especialistas para a área de fusões e aquisições.

    As principais bancas do País devem sair imunes à crise porque, além de investirem no mercado de capitais, também apostaram em operações de fusões e aquisições. O advogado Alexandre Bertoldi, do escritório Pinheiro Neto Advogados, afirma que os escritórios que investiram apenas no mercado de capitais tiveram prejuízos. "Houve queda dos negócios e, se comparado ao ano passado, o número de operações foi infinitamente menor", comenta o advogado. Para se ter uma idéia, entre janeiro e julho deste ano foram realizadas apenas quatro operações de IPOs. Durante todo o ano passado, o mercado teve 64 operações.

    Apesar dessa retração, o advogado Joaquim de Oliveira, do escritório Souza, Cescon, Avedissian, Barrieu e Flesh Advogados, garante que já há clientes se preparando para um aquecimento do mercado. "Mesmo com esse cenário, há empresas que estão se preparando para uma possível reviravolta", afirma.

    De acordo com José Eduardo Queiroz, do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, a crise não afetou somente o mercado de capitais, mas também o de ações e colaborou para o crescimento das dívidas individuais. O próprio presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, já admitiu que a crise terá impacto no Brasil, apesar de ressaltar que, desta vez, o País está melhor preparado para enfrentar o problema.

    "Essa turbulência no setor não é algo peculiar deste ano ou um reflexo da crise, a queda do segmento já vem ocorrendo desde o início do ano", afirma Juliana Teixeira do Demarest & Almeida Advogados. De fato, em matéria publicada por esse jornal em 3 de janeiro, o escritório já afirmava que as operações de IPOs não teriam o mesmo desempenho que tiveram no ano passado.

    Fusões e aquisições"O que aconteceu com as operações no mercado de capitais não afetou as fusões e aquisições", afirma Juliana. Ela aponta, no entanto, que empresas que dependerem de financiamento estrangeiro poderão ser prejudicadas. Joaquim de Oliveira concorda. "As pequenas aquisições serão menos prejudicadas porque os bancos nacionais poderão suprir essa demanda", diz Oliveira. Bertoldi concorda que a situação internacional influenciará nos financiamentos para empresas brasileiras. "Temos clientes que necessitam de créditos para realizar seus negócios. Creio que vai haver um enxugamento de financiamentos e muitos vão ficar sem dinheiro", estima Bertoldi, garantindo que isso ainda não ocorreu.

    Contratações em alta

    Mesmo diante desse cenário de crise, as bancas brasileiras pretendem iniciar o próximo ano contratando mais profissionais para a área societária. É o caso, por exemplo, do Pinheiro Neto. "Por enquanto, o mercado está aquecido", diz Bertoldi. Para ele, o Brasil é uma opção viável para investimentos.

    O Souza, Cescon também já começa a procurar advogados especializados em societário. Assim como o Demarest e Almeida e o Mattos Filho, que também vão contratar mais advogados no próximo ano. Queiroz, do Mattos Filho, estima que a banca tenha, atualmente, cerca de 50 operações de fusões e aquisições em andamento.

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