Torcedor do Flamengo que matou botafoguense foi condenado a 15 anos de reclusão
O torcedor rubro-negro Jéferson do Carmo Melchiades Vieira, o China, foi condenado a 15 anos de reclusão pelo assassinato do soldado do Exército e torcedor do Botafogo Rhafick Tavares da Silva Cancio, de 20 anos, durante briga de torcidas na rodovia Presidente Dutra, na altura da Serra das Araras, no município de Piraí (RJ), em 6 novembro de 2005. A condenação foi imposta pelo Tribunal do Júri de Piraí, em sessão em que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro foi representado pelo promotor de Justiça Marcelo Airoso Pimentel.
Na sentença, a juíza Márcia da Silva Ribeiro fixou a pena base em 12 anos de reclusão, mas aumentou-a para 15 anos, considerando que Jéferson cometeu o crime quando estava em liberdade condicional, depois de condenado por roubo. De acordo com a decisão judicial, o réu não poderá apelar da sentença em liberdade, e deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado.
O crime aconteceu na noite de 6 de novembro de 2005, quando torcedores do Flamengo e do Botafogo voltavam de ônibus de Volta Redonda, depois de não conseguirem, por terem chegado atrasados, assistir ao jogo realizado no Estádio Raulino de Oliveira, válido pelo Campeonato Brasileiro de Futebol, que terminou com a vitória da equipe rubro-negra por 3 a 1.
Um ônibus que transportava os torcedores botafoguenses parou na descida da Serra das Araras por causa de um pneu furado. Os torcedores do Flamengo, que vinham em outro ônibus, desembarcaram e começaram a provocar os botafoguenses, dando início a uma briga que envolveu mais de 120 pessoas, segundo cálculos da polícia. Durante o conflito, China agrediu o soldado Rhafick a golpes de foice, causando a morte do jovem torcedor do Botafogo. Em seguida, China voltou ao grupo com o qual viajava proclamando que tinha ``arriado um botafoguense`` e fugiu do local em um carro particular, ajudado por membros da torcida organizada Jovem Fla.
As investigações feitas pela 94ª Delegacia Policial, de Piraí, permitiram identificar o agressor, que foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro por homicídio qualificado. O processo foi julgado pelo Tribunal do Júri de Piraí na quarta-feira (18/07), quando, por quatro votos contra três, os jurados reconheceram a autoria do crime.
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