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10 de Maio de 2024
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    Deputado afirma que PCC fez acordo com Governo de São Paulo

    Publicado por Expresso da Notícia
    há 18 anos

    O depoimento de Marcos William Camacho, o Marcola, no dia 8 de junho, à CPI do Tráfico de Armas, comprovou que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) controla presídios de São Paulo. A afirmação é do relator da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que, acompanhado de outros sete integrantes da CPI , ouviu Marcola no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo.

    Paulo Pimenta explicou que o depoimento foi importante, pois mostrou como o PCC assumiu o controle dentro dos presídios e montou um arsenal capaz de fazer frente ao das forças policiais. Ele lembrou que o PCC é a organização criminosa que adquire o maior volume de armas e munições ilegais no País.

    Para o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o depoimento de Marcola deixa claro que houve um acordo com o Governo de São paulo para acabar com a onda de violência e rebeliões nos presídios do estado. O deputado disse que Marcola se apresentou "bem vestido", com calça cáqui de grife e tênis importado. Ele explicou que, no presídio onde Marcola está, o uniforme de cor laranja não é obrigatório e, se opreso receber roupas da família, pode usá-las. O deputado considerou um "privilégio" absurdo a possibilidade de presos de alta periculosidade escolherem roupas.

    Atuação de advogados

    Marcola negou envolvimento com a onda de violência que atingiu São Paulo entre os dias 12 e 19 de maio. Ele também negou ter recebido de seus advogados a gravação de uma reunião reservada da CPI na qual se discutiam as estratégias do governo paulista para o combate ao crime. Apesar das declarações de Marcola, o relator Paulo Pimenta disse estar convicto do papel de advogados como pombos-correios do PCC. "Não detalhamos especificamente a questão daqueles advogados. Mas saímos com a convicção de que existem, sim, advogados cumprindo um papel de interligação de informações dentro do sistema. Portanto, eles servem às organizações criminosas não como seus representantes, mas como integrantes desse sistema" , afirmou.

    Indícios

    Para o sub-relator da CPI , deputado Raul Jungmann (PPS-PE), não há mais dúvidas sobre a liderança de Marcola dentro do PCC nem sobre o envolvimento da organização criminosa com os atentados que deixaram mais de 100 mortos em São Paulo. "Reunimos uma série de indícios que comprovam que ele é, sim, o líder inconteste do PCC e que o PCC tem a responsabilidade por tudo aquilo que aconteceu em São Paulo", afirmou Jungmann.

    Ele disse ainda que o depoimento de Marcola gerou um conjunto de subsídios fundamentais para o combate ao tráfico de armas. Nenhum deputado, no entanto, revelou detalhes para não prejudicar o andamento das investigações da CPI .

    Os parlamentares viajaram até o presídio de Presidente Bernardes sob proteção da Polícia Federal. Acompanharam o depoimento, o presidente da CPI , deputado Moroni Torgan (PFL-CE), e os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), João Campos (PSDB-GO), Luiz Couto (PT-PB), Neucimar Fraga (PL -ES) e Pompeo de Mattos (PDT-RS).

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