Grupo de Trabalho Interdisciplinar é criado para desenvolver ações para a segurança pública
Depois de várias reuniões que visavam discutir a segurança pública do Estado, na tarde desta quinta-feira (14), foi criado o Grupo de Trabalho Interdisciplinar (GTI), coordenado pela OAB Seccional Piauí, formado por membros de várias instituições. O GTI visa, primeiramente, traçar demandas, falhas e necessidades que cada órgão tem, bem como as possíveis soluções para buscar minimizar os problemas enfrentados no que tange à violência e criminalidade. Depois, o grupo formulará medidas que serão entregues aos gestores dos órgãos municipais, estaduais e federais, no intuito de conter a violência, a criminalidade e estabelecer a paz, principalmente na capital Teresina, onde está concentrado o maior índice de violência, como assaltos, assassinatos, estupros, seqüestros, entre outros crimes. A próxima reunião acontecerá no dia 28 de fevereiro, às 16 horas, na OAB.
Para o presidente da OAB-PI, Norberto Campelo, a Ordem entende que as polícias, secretárias, Corregedoria e Ministério Público devem trabalhar de forma integrada, cada um sabendo as dificuldades de cada setor, buscando dirimir os problemas. A gente quer documentar os problemas de cada órgão e criar um calendário que deverá ser seguido à risca, para que não fiquemos apenas em discussões, afinal nosso objetivo nesse grupo é buscar providências para as questões da segurança pública do Estado. Sabemos que é preciso mais vagas nas penitenciárias, melhor qualificação dos agentes e policiais, melhores salários, delegacias mais equipadas, por exemplo, explicou.
Para o Secretário Adjunto da OAB-PI, Nelson Nunes Figueiredo, desde o início de 2007 foi criada uma campanha de combate à violência no Piauí, na qual vários órgãos se reuniam na OAB para discutir questões pertinentes ao tema. O objetivo dessas reuniões foi exatamente criar o GTI, que agora colocamos em prática. Nossa próxima reunião será mais específica e cada membro do grupo ficou responsável de levantar questões que possam contribuir com a melhoria da segurança da sociedade, ressaltou.
O promotor e membro designado pelo Ministério Público Estadual, José Hamilton Bezerra Lima disse que apesar do Piauí ser o segundo estado do país com menor índice de violência, não podemos relaxar. A violência em Teresina já chegou ao limite da tolerância, então tudo o que pudermos fazer para somar forças para diminuir os muitos assaltos, estupros, seqüestros e outros crimes com certeza será de extrema valia.
Para o membro da Polícia Militar, Cel . Jaime das Chagas Oliveira, o efetivo da PM não é suficiente e possui dados, levantados em dezembro de 2007, de quantos homens seriam necessários para o policiamento ostensivo. Hoje, temos 5.728 policiais no Estado, sendo 3.380 só na capital e 2.348 nos demais municípios. Deveria haver 9.888 homens nas ruas. O Estado cresceu, mas o policiamento não acompanhou. A sensação de segurança só é possível através de números. Além disso, já estamos diagnosticando o homem que está na polícia e avaliando as principais dificuldades, destacou.
Para o Chefe de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, Ciro Ricardo Araújo, o policiamento da PRF deve ser feito em parceria com outras polícias e que o efetivo precisa ser ampliado. Não dá para termos o mesmo número de policiais de 20 anos atrás. Temos tido êxito em operações de redução de acidentes e no aparato policial quanto ao combate à prostituição infantil nas rodovias, no contrabando e também contra os crimes ambientais; porém é preciso um maior efetivo, disse.
Além da Diretoria da OAB, participaram do GTI os seguintes membros: Mag Say Say, representante da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Piauí; João Paulo de Lima, delegado da Polícia Civil e representante da Secretaria de Segurança Pública do Piauí; Vidal de Freitas, juiz auxiliar, representante da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí; José Hamilton Bezerra Lima, promotor e representante do Ministério Público Estadual; Cel . Jaime das Chagas Oliveira, representante da PM-PI; Ciro Ricardo Araújo, chefe do Policiamento e Fiscalização da PRF; Major John Roberto Feitosa da Silva, assistente militar da Prefeitura de Teresina e Airton Sansão Sousa, sub-comandante do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros.
Márcia Cristina
Ass. de Comunicação
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