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7 de Maio de 2024
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    Dinheiro da saúde de São Paulo pode ter sido lavado em offshore no Panamá

    Publicado por Correio Forense
    há 16 anos

    A máfia dos parasitas usou empresas com sede no Panamá e em nome de motoristas e até uma empregada doméstica para lavar parte dos R$ 100 milhões desviados dos hospitais e das prefeituras de São Paulo, Minas, Rio e Goiás. O suposto esquema de lavagem era controlado, segundo a Polícia Civil de São Paulo, pela célula envolvida diretamente com as fraudes nos contratos com as prefeituras para a gestão de hospitais e o fornecimento de remédios e produtos hospitalares.

    Resultado de uma força-tarefa montada há 11 meses pelo governo de São Paulo, com a participação da Polícia Civil, da Corregedoria-Geral da Administração e da Secretaria de Estado da Fazenda, além do Ministério Público Estadual (MPE), a Operação Parasitas levou anteontem à prisão cinco suspeitos de compor o chamado "núcleo empresarial" da suposta organização criminosa responsável por fraudes em centenas de licitações em 21 hospitais públicos da capital - entre eles o Hospital das Clínicas, o Dante Pazzanese e o Pérola Byington - e em 29 prefeituras.

    Prefeitura de São Paulo tem contrato com 5 das 11 empresas

    Cinco das 11 empresas fornecedoras de remédios e materiais hospitalares que estão na mira da Operação Parasitas mantêm contratos com a Prefeitura de São Paulo. Juntas, elas tiveram R$ 10,6 milhões empenhados (dinheiro reservado no Orçamento) desde o início da gestão, em 2005, quando o prefeito ainda era o governador José Serra (PSDB).

    As empresas que fornecem materiais e medicamentos para órgãos da prefeitura são: a Embramed, a Home Care Medical, a Halex Istar, a Biodinâmica e a Velox Produtos de Saúde.

    Ministério Público fará devassa em prefeituras

    O Ministério Público Estadual vai expandir as investigações contra a máfia dos parasitas para a esfera cível. A partir de segunda-feira, todas as Promotorias de Justiça da Cidadania espalhadas pelo Estado receberão uma recomendação para que verifiquem se as prefeituras de suas comarcas tiveram ou ainda mantêm contrato com alguma das empresas investigadas no esquema de fraude de licitações. O objetivo do mutirão é atingir os cofres da organização criminosa e, ao mesmo tempo, enquadrar os agentes públicos pelo crime de improbidade administrativa.

    A orientação foi dada ontem pelo procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira. A idéia é que as provas e indícios colhidos até agora pela Unidade de Inteligência do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) da capital sirvam para abastecer os promotores que atuam na esfera cível.

    A Justiça do Direito Online

    Congresso em Foco e Estado de São Paulo

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/dinheiro-da-saude-de-sao-paulo-pode-ter-sido-lavado-em-offshore-no-panama/158751

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