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5 de Maio de 2024
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    FIGURAÇA: Sen. Paulo Duque (PMDB-RJ): não costumo dar importância à opinião pública

    há 15 anos

    LUIZ FLÁVIO GOMES (www.blogdolfg.com.br)

    Doutor em Direito penal pela Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito Penal pela USP e Diretor-Presidente da Rede de Ensino LFG. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).

    Paulo Duque (81 anos) (PMDB-RJ), que é Senador suplente do suplente (ou seja: segundo suplente) e que foi eleito (pelo grupo do Renan Calheiros) para presidir a Comissão de Ética do Senado (ela está encarregada de julgar, dentre outros senadores, o Presidente da Casa: José Sarney) tornou-se figuraça nacional ao dizer que não costuma dar muita importância à opinião pública porque ela é "muito volúvel" (O Globo de 17.07.09, p. 9). Ademais: "não existe independência total na política". Salientou ainda que não se deixará levar pela pressão popular ou pela imprensa. "Não temo cobranças da população". "Os jornais fazem a opinião pública e estão acabando".

    O Barão de Itararé dizia: "De onde menos se espera é que não sai nada mesmo". Renan Calheiros, dentro de pouco, acabará sendo julgado por "aliciamento de maiores".

    Lula acabou ofendendo a categoria, mas sua observação de que os senadores "são bons pizzaiolos" (quitando-se a parte ofensiva a esses profissionais) retrata bem o estado do atual Congresso: decadência total, degenerescência absoluta.

    Paulo Duque está na mesma linha do seu colega Dep. Federal Sérgio Moraes, que disse: "Estou me lixando para a opinião pública. Até porque a opinião pública não acredita no que vocês (jornalistas) escrevem. Vocês batem, mas a gente sempre se reelege".

    Como enfatizamos em artigo anterior (quando cuidamos das declarações de Sérgio Moraes - cf. blogdolfg.com.br) impõe-se fazer um esclarecimento: tanto Paulo Duque como Sérgio Moraes estão fazendo referência à opinião publicada (dos jornalistas etc.) assim como à opinião pública (esclarecida, a que lê jornais etc.). Mas preservaram, claramente, a opinião popular (do público que não lê, que vive de clientelismo, do público menos escolarizado, mas que elege os parlamentares, pela sua quantidade).

    A explicação para tudo isso é dada por Maquiavel: "Os homens são tão simplórios e obedecem de tal forma às necessidades presentes, que aquele que engana encontrará sempre quem se deixe enganar" ( O Príncipe , Cap. XVIII).

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/figuraca-sen-paulo-duque-pmdb-rj-nao-costumo-dar-importancia-a-opiniao-publica/1590408

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