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30 de Abril de 2024
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    Polícia Civil faz operação de combate à pedofilia em Marcelândia

    há 15 anos

    A pedofilia, um crime que acontece em silêncio, muitas vezes dentro da casa da própria vítima e numa freqüência muito maior do que se imagina, vem sendo combatido pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Na última quinta-feira (13.11), no município de Marcelândia, mais uma pessoa acusada de exploração sexual de menores foi presa na operação Castramento, deflagrada pela delegacia local. Esta é a sexta prisão realizada pela Polícia Civil na região.

    Ednilson Aguiar/Secom-MT
    As ações desenvolvidas pela polícia objetivam proteger a integridade sexual de criança e adolescente.

    O preso é o empresário Jovino Scarpin, 48, conhecido na cidade por "Sem Camisa". Na mesma investigação, o delegado, Luiz Henrique de Oliveira, também pediu a prisão preventiva Deoclécio Monteiro, o "Feio", mas ele está foragido. A prisão já foi decretada.

    As investigações iniciaram há 4 meses e contou com a parceria da Gerência de Inteligência da Polícia Civil (GIP) de Cuiabá. Conforme o delegado, com auxílio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça foi possível obter provas suficientes contra os indiciados, os quais tinham como prática comum o aliciamento de adolescentes para a prostituição.

    Contra o acusado, Jovino Scarpin, a polícia descobriu a existência de pelo menos três vítimas de exploração sexual e ainda dois casos de corrupção de menores. Jovino induzia adolescentes a intermediarem encontros sexuais para sua própria satisfação. Em relação à Deoclécio, há provas de que ele explorou sexualmente cinco vítimas. Ele também é investigado em um caso de corrupção de menores.

    As vítimas são meninas com idades entre 14 e 16 anos, geralmente pertencentes a famílias pobres, atraídas por meio de presentes e dinheiro. As meninas praticavam sexo com os agressores e muitas delas eram a partir daí iniciadas no mundo da prostituição. Conforme as investigações, isso vinha acontecendo há anos na cidade. Num inquérito policial, há um relatório do Conselho Tutelar do ano de 2005, que já apontava o empresário como "o maior incentivador da prostituição no município de Marcelândia".

    O delegado Luiz Henrique, disse que a prisão dos dois atende uma grande expectativa da população de Marcelândia. Esta foi somente a primeira etapa da operação Castramento, destaca o delegado. "Todo o material de investigação colhido nestes meses nos permite prever que outras prisões poderão ser realizadas, disse. Quanto ao segundo acusado Deoclécio Monteiro, o paradeiro dele ainda é incerto, mas a polícia está se empenhando para encontrá-lo e realizar sua prisão, afirma Luiz Henrique.

    Além dos crimes sexuais, Jovino Scarpin, era proprietário de uma casa de jogos, local conhecido como" Cassino do Sem Camisa ". A polícia esteve no local e literalmente" fechou a banca ", com a apreensão de vários maços de baralho, fichas de jogo e cadernos de anotações de apostas. Na residência de Sem Camisa foram encontrados materiais de pornografia, mais fichas e baralhos e munições de diversos calibres.

    A operação contou com a participação dos investigadores Jorge Luis e Valdete Neves, lotados em Marcelândia, e dos policiais Ribamar Torres e Jackson Fernandes, da delegacia de Cláudia.

    OUTROS - Os casos mais expressivos de pessoas presas por crimes sexuais na cidade foram o do jornalista e apresentador Mauro José Fonseca, do servidor público Rufino Paulino dos Santos, que abusou de um menino de apenas 7 anos e do pastor evangélico Antônio Hilário Filho, 53 anos, preso em 29 de setembro por abusar sexualmente de pelo menos oito meninos com idades de 12 a 15 anos. Além destes existe dois mandados de prisão em aberto contra outros pedófilos, especialmente o Deoclécio Monteiro, na operação Castramento.

    Neste ano a Polícia Civil realizou prisões também em Rondonópolis, Itiquira, Cáceres, Peixoto de Azevedo, Tangará da Serra, Cuiabá e Várzea Grande. Somando os municípios já são mais de 30 presos por crimes de pedofilia. As ações desenvolvidas pela polícia objetivam proteger a integridade sexual de crianças e adolescentes.

    CAMPANHA Em Marcelândia a sociedade se mobilizou e até uma campanha foi colocada nas ruas para reforçar o combate aos crimes de pedofilia. A campanha intitulada" Marcelândia protege suas crianças ", foi organizada pelo poder público municipal em parceria com o Conselho Tutelar, o Conselho da Criança e do Adolescente e a Polícia Civil.

    LEGISLAÇAO - Um projeto de lei aprovado terça-feira (11.11), na Câmara dos Deputados, tornando a punição de quem comete crime de pedofilia mais rigorosa. O projeto aumenta de seis para oito anos de prisão os crimes de pedofilia. A proposta ainda precisa ser sancionada pelo Presidente da República.

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