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11 de Maio de 2024
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    Devastação do Cerrado é maior que da Amazônia

    O cenário de calamidade ambiental que vem se instalando no Cerrado da década de 1970 para ca, finalmente foi reconhecido pelo governo federal. Enquanto pouco ou nada era feito, o desmatamento do Cerrado, só cresceu. Entre 2002 e 2008, ele foi o dobro do ocorrido da Floresta Amazônica representando a supressão vegetal de 127,5 mil quilômetros quadrados (km2) em seis anos, ou 21 mil km2 por ano, contra 10 mil km2 na floresta.

    A degradação do bioma ocupado por dez Estados mais o Distrito Federal já é responsável pelo mesmo nível de emissões de gás carbônico da Amazônia. Mais ainda: 12 mil espécies teriam simplesmente desaparecido do Cerrado, enquanto a desertificação e o avanço de culturas agressivas como a da cana de açúcar, só aumentaram.

    Como realidade, essas mudanças há anos já são sentidas na pelé pelas populações que habitam as 11 unidades da federação que ficam nos 2 milhões de quilômetros quadrados de Cerrado. Como dado oficial, a maioria dessas informações foi referendada ontem com a divulgação de um estudo do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

    A pecuária extensiva e o plantio da soja para exportação, aponta o estudo, são os vilões da degradação do Cerrado. No período estudado (2002 a 2008) a área desmatada cresceu 6,3%, saltando de 41,9% para 48,2%, quase 1 milhão de quilômetros quadrados limpos, metade da área do bioma.

    Hoje, Dia Nacional do Cerrado, a sociedade toma conhecimento formalmente do tamanho do estrago com cerimônias e eventos lembrando a data em Goiânia, por exemplo, o ministro Carlos Minc tem agenda às 11h30. Porém, se não ficar tudo apenas nos eventos, como em outros anos, uma série de medidas está prevista.

    Ontem mesmo foi aberta uma consulta pública para o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado) que está na página do ministério (www.mma.gov.br).

    O Plano contém medidas como o monitoramento em tempo real da vegetação e a criação de novas unidades de conservação - Serra das Traíras (Porangatu), Cânions (Damianópolis, Sítio dAbadia, Buritinópolis e Mambaí), Vereda dos Buritis (Diorama e Arenópolis), Pouso Alto (Alto Paraíso), Rio da Prata (Posse) e Córrego das Pedras (Mambaí), as duas primeiras de proteção integral, as outras como reservas extrativistas (Resex).

    Enjeitado, como o patinho feio dos biomas brasileiros, o Cerrado luta até para ter sua importância reconhecida. Há vários anos o Congresso Nacional empurra a votação de projeto de emenda constitucional que propõe a transformação do bioma em Patrimônio Nacional. (na íntegra).

    Núcleo de Comunicação PGE

    comunicacao@pge.go.gov.br

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/devastacao-do-cerrado-e-maior-que-da-amazonia/1867382

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