G1 entrevista João Grandino Rodas, da Faculdade de Direito

A criação de uma coordenadoria jurídica na Universidade de São Paulo (USP) ajudaria a estabelecer regras na hora de assinar contratos e fazer licitações, por exemplo, e apontar os riscos a serem aceitos pela instituição, avalia João Grandino Rodas, candidato a reitor. "O advogado, se estiver sozinho, vai sempre optar pelo mais seguro, o que pode emperrar a gestão administrativa e de recursos humanos", afirma.

No próximo dia 20, acontece o primeiro turno das eleições. Desse pleito, saem os oito nomes que irão disputar o segundo turno, no dia 10 de novembro. Uma lista tríplice com os mais votados será enviada ao governador José Serra para fazer a escolha.

Quem ficar à frente da USP vai ter a responsabilidade de gerir um orçamento anual de mais de R$ 2,8 bilhões e administrar 40 unidades em 7 campi. São cerca de 58 mil alunos na graduação, em 243 cursos, e 22 mil alunos na pós-graduação, além de 5 mil professores e 15 mil funcionários.

O G1 conversou com cada um dos oito candidatos para conhecer as suas propostas (veja o calendário de publicação).

Confira abaixo os principais trechos da entrevista com João Grandino Rodas , 64 anos, diretor da Faculdade de Direito da USP. Ele tem quatro graduações: música, educação, direito e letras.

G1 - Segmentos da universidade pedem a democratização da USP. Acha que existe espaço para aumentar a representação? E considera possível haver eleições diretas?

Rodas - Entendemos que o Conselho Universitário aceitaria uma ampliação de representação, algo que é positivo, por exemplo, dos funcionários dentro dos conselhos departamentais e a representação dos estudantes, principalmente os de pós-graduação. A sugestão inicial seria fazer nos limites da LDB [Lei...