CPI e Corregedoria da Justiça têm dados difefrentes sobre número de escutas ilegais
Brasília - A diferença entre o número de interceptações telefônicas apontado pela Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara dos Deputados e os dados apresentados hoje (18) pelo corregedor nacional da Justiça, ministro Gilson Dipp, pode ser explicada pela diferença na metodologia de obtenção dos dados, segundo o presidente da CPI , deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ).
“Nós trabalhamos com dados encaminhados pelas empresas de telefonia e dizem respeito a um ano de interceptações. O ministro Dipp traçou um paralelo de forma equivocada, porque as informações apresentadas são apenas sobre dois meses de escutas. É como comprar banana com maçã”, criticou o parlamentar.
Segundo os números apontados por Dipp, mais de 11,8 mil linhas telefônicas estão sendo interceptadas atualmente no país com autorização da Justiça. Já a comissão informou que no ano passado foram realizadas mais de 400 mil interceptações.
Mesmo assim, Itagiba acredita que pode ter havido uma redução no número de escutas, como reflexo do trabalho da CPI . “A Comissão demonstrou que havia uma banalização no uso das escutas e houve uma conscientização”, disse. O deputado informou que vai solicitar às operadoras de telefonia o envio à CPI dos dados atualizados sobre escutas realizadas em 2008.
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