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6 de Maio de 2024
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    Iniciativa do MPSC contra bullying chega às escolas de Santa Catarina

    "Seja amigo: respeite as diferenças. Somos todos diferentes, mas com direitos iguais". Este é o lema da campanha ", isso não é brincadeira", idealizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e apoiada pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) e pelo Governo do Estado, por meio de suas Secretarias da Educação e da Segurança Pública. O lançamento oficial da campanha será realizado nesta segunda-feira (21/2), às 16h15min, no plenário da ALESC.

    O MPSC desenvolveu material gráfico, impresso em parceria com Assembléia Legislativa e com a Secretaria de Estado da Comunicação. Desta forma, foram produzidos gibis, , cartazes e marcadores de página, que serão distribuídos nas

    escolas públicas e particulares catarinenses, para serem aplicados de forma multidisciplinar no intuito de esclarecer crianças, adolescentes, pais, responsáveis, professores, diretores e sociedade em geral sobre as características e conseqüências do fenômeno.

    No lançamento será feita a entrega simbólica do material da campanha a alunos da rede pública municipal de ensino. A distribuição do material nas escolas públicas e particulares de Santa catarina será realizada através de convênios com a Secretaria Estadual de Educação, com Secretarias Municipais de Educação e com o Sindicato dos Estabelecimentos Privados de Ensino de Santa Catarina.

    Após o evento, estarão à disposição da imprensa o Procurador-Geral de Justiça, Gercino Gerson Gomes Neto; a Coordenadora-Geral do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do MPSC, Promotora de Justiça Priscilla Linhares Albino; o Presidente da ALESC, Gelson Merísio; e o Deputado Estadual Joares Ponticelli, autor da Lei Estadual nº 14.651/2009, que instituiu o programa de combate ao bullying nas escolas catarinenses.

    Por que a campanha contra o bullying?

    O é a perseguição sistemática de uma pessoa por outro indivíduo ou grupo de indivíduos, trazendo conhecidas consequências às suas vítimas, como baixa autoestima, baixo rendimento e evasão escolar, estresse, ansiedade e agressividade. A situação pode, ainda, progredir para transtornos psicopatológicos graves, como fobias, depressões, idéias suicidas e desejos intensos de vingança.

    A campanha, proposta a partir da grande incidência de casos de vivenciados em escolas e que repercutem nas Promotorias de Justiça do Estado, pretende fomentar no público infantojuvenil das escolas catarinenses o respeito às diferenças entre as pessoas, sejam de pensamento, valores, culturas, cor, raça, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual, etc.

    O Bullyng em números

    No Brasil, levantamento realizado pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Juventude - ABRAPIA, entre 2002 e 2003, revelou que 40,5% de 5.875 estudantes de 5ª a 8ª séries de onze escolas cariocas admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de bullying, naquele período, sendo 16,9% vítimas (ou alvos), 10,9% alvos/autores (ou "bully/vítimas") e 12,7% agressores (ou autores de bullying).

    Outra pesquisa sobre preconceito e discriminação em contexto escolar foi realizada em 2009 pela Fundação Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) em convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC). A pesquisa abrangeu 18.599 respondentes em 501 escolas de 27 Estados, incluindo estudantes, professores, diretores, demais profissionais de educação e pais ou responsáveis.

    Os resultados indicam que o preconceito e a discriminação latentes nas escolas resultam muitas vezes em situações em que pessoas são humilhadas, agredidas ou acusadas de forma injusta ¿ simplesmente pelo fato de fazerem parte de algum grupo social específico. Segundo a pesquisa, o tem como principais vítimas os alunos, porém atingem também a professores e funcionários.

    Entre alunos, as maiores incidências foram as práticas discriminatórias motivadas pelo fato de serem as vítimas negras (19%), em seguida por serem pobres (18,2%) e, em terceiro lugar, por serem homossexuais (17,4%). Já entre professores, as principais vítimas de tais situações são os mais velhos (8,9%), os homossexuais (8,1%) e as mulheres (8%).

    Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

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