Santander reconhece erros em relatório sobre política fiscal de São Paulo

Um novo documento do Grupo Santander reconhece que o banco errou no estudo “A Fria Realidade dos Números”, divulgado no início do mês. O economista Alexandre Schwartzman, autor do documento original, assume que cometeu em sua análise erros que implicaram em uma conclusão equivocada.

O estudo se propunha a analisar a política fiscal do governo de São Paulo na administração José Serra e compará-la com a política fiscal do governo federal. A motivação, segundo o primeiro documento, teria sido a proximidade do período eleitoral. O estudo partia de uma hipótese de que o governador José Serra teria preferências por uma política fiscal mais restritiva que a do governo federal, mas concluia que essa diferença, na prática, não existiria.

“Meu relatório anterior sobre a política fiscal de São Paulo, alegando que sua performance era similar à do governo federal, estava errado”, escreveu Schwartsman. “Uma nota técnica preparada pela Secretaria da Fazenda revelou erros importantes que cometi e que me conduziram a uma conclusão errada sobre o desempenho fiscal do Estado”, continua. O economista segue enumerando seus erros e ao final pede “sinceras desculpas” aos leitores. As declarações são traduções livres do documento, que, como o estudo original, foi escrito em inglês.

Na semana passada, a Secretaria da Fazenda já havia contestado as conclusões e apontou erros no relatório, como o fato de o banco não ter considerado a mudança da contabilidade pública do Estado em 2007, prejudicando a análise da série histórica da despesa, comprometendo premissas e o resultado final.

26/02/2010

Assessoria de Comunicação da Secretaria da Fazenda